Futebol americano

OPINIÃO – Como Sam Darnold mudou seu jogo com os Panthers?

Chanelle Smith-Walker/Carolina Panthers

Como pegar novos ares faz bem não é? Mudar de ambiente de trabalho, conhecer outras pessoas e o mais importante ter outras experiências você se sente outra, né? É essa a sensação que me passa Sam Darnold no Carolina Panthers no início da temporada um quarterback transformado, após não ter sido explorado nos três anos que passou sob a tutela da Adam Gase no New York Jets.

Nesta offseason, ele foi trocado para os Panthers, após os Jets irem atrás de Zach Wilson na segunda escolha geral do último draft. Pela primeira vez em sua carreira, Darnold tem um time com peças decentes no ataque para mostrar porque foi a terceira escolha geral de 2018. Após ter brilhado na época do College com USC onde teve números expressivos, 7229 jardas, 57 touchdowns e 22 interceptações com um rating de 153,7.

A primeira grande mudança está no seu estilo de jogo, somando as três vitórias até o momento contra Jets, Saints e Texans, no último Thursday Night, ele tem 68,2% dos seus passes completados, mais de oito jardas de média (8,3) por tentativa para 888 jardas, três touchdowns e uma interceptação com um rating de 99. Além de mais 14 corridas para 17 jardas e três touchdowns
Vamos passar por seus números semana a semana. No reencontro contra os Jets na primeira rodada com vitória por 19 a 4, Darnold teve 24/35 de passes completos, um aproveitamento de 68,57%, 279 jardas, um touchdown e um rating de 102 e mais um touchdown terrestre. No duelo divisional contra os Saints por 26 a 7, foram 26/38, 68,4%, 305 jardas, 2 TD’s e um INT, 99,1 rating. Por fim, no Thursday Night na vitória contra os Texans por 24 a 9 ele terminou com 23/34, 67,6% , 304 jardas, 95,7 rating e dois touchdowns terrestres.

Em comparação, nos últimos três anos com os Jets, Darnold teve apenas 6 touchdowns a mais que interceptações, nunca passou de 62% de passes completados e o QBR ficou nos 40. Seu melhor havia sido em 2019 quando ele teve 61,9%, 3024 jardas, 19 touchdowns e 13 interceptações com seu único recorde positivo, 7-6.

Se lembram que falei de armas no ataque no começo do texto? Aí entra outra variável chave, Christian McCaffrey. Na vitória da semana 2 contra os Saints por 26 a 7, ele foi alvo seis vezes, seu passer rating quando recebe um passe esse ano está em 109,4. Essa é segunda melhor marca da liga entre running backs que fizeram recepções ao menos 10 vezes nos primeiros dois jogos atrás apenas de D’Andre Swift dos Lions.

Darnold nunca havia conseguido se beneficiar dos seus wide receivers com mais de seis jardas de ganho por recepção. Nos três anos com os Jets a porcentagem de drop foi abaixo de 4,1% até o momento está em 2,9%. O quarterback está trabalhando passes mais curtos, tendo médias de 6,5 por passes completos e 4,4 por tentativa, com uma média de 17,4% de passes incompletos, menor marca da carreira e passes no alvo, 78,3%. Essa mudança é creditada a Joe Brady, o coordenador ofensivo do time. Conhecido por chamar muitas jogadas de play action, ele está dando a Darnold tempo de pensar no pocket evitando as interceptações que eram um problema gigantesco em New York, com 39 somado os três anos. Tanto que sua única interceptação até agora foi no duelo divisional contra os Saints.

Todos os números deste texto foram usados do site Pro Football Reference.

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