Automobilismo

Diálogos entre equipes e Michael Masi devem ser proibidos em 2022, diz diretor da F1

Masi
Divulgação / Site oficial F1

A polêmica condução de Michael Masi durante a temporada da F1 ganhou mais um capítulo nessa semana: de acordo com Ross Brown, diretor da categoria, as equipes serão proibidas de dialogar com a direção de prova durante as corridas.

A decisão tenta blindar o australiano da pressão dos chefes das equipes, principalmente Toto Wolff, da Mercedes, e Christian Horner, da Red Bull. As conversas via rádio, abertas no circuito interno e exibidas pela transmissão, retrataram um diretor de prova sem critério claro para as decisões tomadas – principalmente quando confrontado pelas equipes.

— Não é aceitável que os chefes das equipes pressionem Michael [Masi] durante a corrida. Toto Wolff não pode exigir que um safety-car não entre na pista, enquanto Christian Horner não pode querer que os retardatários voltem atrás. Isso fica a critério do diretor da prova. Vamos interromper esse contato no próximo ano — explicou Brown em entrevista à revista alemã Auto Motor und Sport.

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O ex-diretor da Ferrari, célebre nos anos de domínio de Michael Schumacher, usou como exemplo as cobranças durante o GP de Abu Dhabi, que definiu o título mundial para Max Verstappen na última volta. A eventual não entrada do safety-car após o acidente de Nicholas Latifi (que deveria ocorrer pois o carro do canadense estava em posição perigosa no traçado) beneficiaria Lewis Hamilton, enquanto o reposicionamento de parte dos retardatários (quando o normal é que todos sigam o procedimento) deu vantagem para o holandês da Red Bull.

Em um dos áudios, Wolff cobra Masi sobre o posicionamentos pilotos na saída do carro de segurança, cravando que “não está certo”. O australiano respondeu que se trata “de uma corrida de carros”.

Brawn também comentou sobre o recurso protocolado pela equipe alemã, que contestou dois pontos do regulamento aplicado em Abu Dhabi. Ambos foram negados pela FIA. “A decisão na última volta é um destaque que não pode ser superado. Infelizmente, o protesto [da Mercedes] tira um pouco o brilho desta final”.

Michael Masi foi alçado ao posto de diretor de prova após o falecimento de Charlie Whiting, em março de 2019.

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