Não ter colocado o cinturão dos pesados em Francis Ngannou após a vitória deste no UFC 270 acabou atraindo críticas a Dana White. Tanto que o chefão do Ultimate decidiu explicar os motivos aos quais acabou não fazendo o tradicional gesto com os campeões de sua organização.
Numa sessão de perguntas e respostas feitas pela ESPN americana, White explicou que o fato de não ter entregue o cinturão para o camaronês (em seu lugar foi o matchmaker Mick Maynard) e não ter sequer participado da coletiva pós-evento não tem nada a ver com a briga contratual entre a entidade e o lutador. Mas sim com algo que teria acontecido nos bastidores, mas que não foi explicado pelo dirigente.
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– Eu não vi a luta principal. Eu tive que deixar a arena depois do co-main event (entre Deiveson Figueiredo e Brandon Moreno) porque tive que lidar com algo no backstage. Se qualquer um achou que eu estava desrespeitando o Francis. eu estive a semana inteira com ele. Falei com ele, apertei a mão do Francis, estive em todas as encaradas e todo o resto – afirmou White segundo o MMAFighting
O ato de Dana White virou polêmico devido à briga contratual entre UFC e Ngannou. Os dois lados estão em rota de colisão devido à recusa do camaronês de aceitar as condições de um novo contrato com o Ultimate e da organização em aceitar demandas do campeão dos pesados, como o liberar para lutar boxe contra Tyson Fury.
Na conversa, White continuou se justificando sobre o fato de não entregar o cinturão ao camaronês e muito menos ir à coletiva, citando outros eventos em que tomou as mesmas atitudes no passado.
– Se alguém acha que estou desrespeitando o Francis, tem que lembrar que eu não estava lá quando o Michael Bisping venceu o Luke Rockhold (no UFC 199), também porque eu tinha que resolver algumas coisas. E tive que correr, nem estava com meu terno, estava apenas de camisa para dar o cinturão naquele dia ao Michael. Mas não cheguei a tempo de colocar no Francis – disse White.
– Só teve um vez em que fui embora de uma luta e tive quer ir à coletiva para justificar. Foi naquela luta do Anderson Silva com o Demian Maia, em Abu Dhabi (UFC 112). Esta aí a resposta. Não sei se perguntaram, mas já que poderiam, aí está – completou.