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Vasco e 777 Partners chegam a acordo sobre SAF; investimento previsto é de R$ 700 milhões

Vasco se aproxima de acordo com PGFN
Foto: Reprodução Vasco

O presidente do Vasco, Jorge Salgado, que está em Miami, chegou a um acordo com a 777 Partners, companhia que investe no setor de aviação, seguros, serviços financeiros, mídia e entretenimento e que também é dona do Genoa, da Itália, além de ter parte do Sevilla, da Espanha. De acordo com a apuração do ge, o acordo, que ainda é não-vinculante e precisa do crivo de conselheiros e sócios vascaínos nos próximos meses, prevê a constituição de uma empresa que vai gerir o futebol do clube. O investimento está previsto em R$ 700 milhões de reais, e a companhia ficará com 70% das ações dessa empresa. A negociação foi conduzida pelo presidente, Jorge Salgado, pelo CEO, Luiz Mello, pelo vice-presidente de finanças, Adriano Mendes, e pelo vice-presidente jurídico, Zeca Bulhões.

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De acordo com a apuração, os R$ 700 milhões serão investidos ao longo dos próximos anos, com investimento no futebol e pagamento gradual das dívidas do clube, também estimadas em R$ 700 milhões. Um capital imediato de R$ 70 milhões será aplicado de início para o clube lidar com dívidas e despesas de curto prazo, para botar o clube em ordem. Caso não venha a ser concretizado o projeto, o que é uma chance remota, o Vasco pagaria esse valor nas leis de mercado, com juros e prazo determinado.

Com a venda se concretizando de fato, o 777 Partners fica com 70% do futebol do clube, e os outros 30% ficam com a associação civil sem fins lucrativos -CRVG, o que será uma co-gestão, um tipo de sociedade entre as partes. A participação majoritária da companhia dá carta branca ao fundo mexer no que quiser no futebol, desde o cotidiano no campo até parte administrativa e financeira. No entanto, questões de tradição cultural do Vasco ficarão mantidas e não poderão ser mexidas, como símbolo, hino, cores, escudo, já que a associação Clube de Regatas Vasco da Gama – CRVG terá poder de veto. Também foi acordado que o CRVG jamais terá menos de 10% das ações.

A SAF terá uma estrutura profissional com a existência de executivos como um CEO (diretor-geral), diretor financeiro e diretor jurídico. Essa estrutura estará subordinada a um Conselho de Administração e um Conselho Fiscal, compostos por membros indicados pelos dois sócios: 777 Partners e CRVG. Esses órgãos executarão o que os acionistas entendem como adequado para a condução do negócio.

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São Januário estará sob a responsabilidade da associação civil – CRVG, e os novos proprietários assumirão a gestão por meio de um contrato de aluguel com 50 anos de duração, prorrogáveis por mais 50. O valor ainda não foi definido, mas é certo que o repasse da companhia ao CRVG será responsável por manter as atividades no complexo de São Januário e demais modalidades esportivas. Com a SAF, a associação civil – CRVG terá que buscar mais receitas para manter as atividades. Além do aluguel de São Januário com valor não definido por ora, são R$ 6 milhões por ano em mensalidades de sócios do clube, R$ 1 milhão em royalties pelo uso da marca Vasco no futebol também pago pela SAF, além de, com a situação fiscal normalizada, permitir captações via Lei de Incentivo ao Esporte, para financiar modalidades olímpicas tradicionais de São Januário, como basquete e vôlei.

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A diretoria do Vasco também prevê negociar mais 10% das ações, para que vascaínos sejam proprietários minoritários da SAF. O processo pode se dar com a emissão de debêntures, títulos que fazem a companhia captar recursos imediatos, mas, em vez de o vascaíno reaver o dinheiro com juros, ele fica com um percentual do clube-empresa, e o dinheiro captado também é aplicado no futebol. Então, seriam 70% da companhia, 20% do CRVG e 10% captados com vascaínos.

Com a Lei da SAF em vigor, sancionada no Congresso Nacional, a SAF terá que destinar 20% da receita corrente mensal para o pagamento de dívidas cíveis e trabalhistas do Vasco, de acordo com o Regime Centralizado de Execuções (RCE).

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