Demanda antiga entre torcedores e sócios, modalidade está desativada no clube desde 2013
A gestão da presidente Leila Pereira no Palmeiras tem sido marcada por mudanças na gestão do futebol e também na administração do clube. Entre erros e acertos, elogios e críticas, a empresária vai dando seu tom na condução do clube, com algumas novidades para o futuro.
Uma dessas novidades é o retorno do futsal. A modalidade, uma das mais praticadas no Brasil, está desativada no Verdão desde meados de 2013, quando deixou de receber investimentos na equipe profissional. Para saber mais sobre o futsal, confira aqui um breve levantamento sobre o surgimento da modalidade e sua história contemporânea.
O retorno do futsal no Palmeiras é um desejo antigo de parte da torcida, que vê no esporte uma forma de conquistar ainda mais visibilidade e títulos. Entre os grandes da capital paulista, apenas o Corinthians mantém uma equipe competitiva na equipe principal e disputando a Liga Nacional, principal competição da modalidade.
As tratativas para retomar o futsal passam pelas mãos do novo diretor de marketing do clube, Everaldo Coelho da Silva, de 60 anos, que chegou ao Verdão recentemente, fruto de uma mudança no estatuto. Everaldo é sócio e não será remunerado pelos serviços prestados. Para alguns, a decisão significa um retrocesso e amadorismo em um setor vital do clube.
O possível retorno do futsal foi noticiado pelo portal UOL na sexta-feira (25). Além do futebol disputado nas quadras, a ideia é que o basquete nas ligas adultas também ganhe maior protagonismo a partir de agora. O objetivo é encontrar patrocinadores e empresas que ajudem a bancar os investimentos nas duas modalidades, para que o clube não tenha prejuízos.
Em 2015, quando tentou reativar o futsal, o Palmeiras tentou a contratação do ala Falcão, maior nome da modalidade e que à época vestia a camisa do Sorocaba. As tratativas não avançaram e o atleta não assinou com o Verdão.
A situação é parecida com o futebol feminino, que tem um time profissional muito em função da lei estipulada pela CBF, de que times na Série A do Campeonato Brasileiro precisam ter uma equipe feminina. “Agora, com mais jogos ao vivo na TV, a tendência é que a modalidade se desenvolva ainda mais rapidamente”, afirmou Coelho.
Aos 60 anos, Coelho contou à reportagem que só aceitou a missão de gerir o marketing do Palmeiras porque já está aposentado. Ele era gerente de uma filial da Caixa Seguradora, um braço gerencial da Caixa Econômica Federal. “Só desse modo, teria as horas necessárias que uma função desse tamanho exige”, afirmou ele, que tem mestrado em administração, negócios e marketing pela Universidade São Marcos.
Coelho afirmou que tem recebido ligações todos os dias de empresas interessadas em se associar ao Palmeiras. E que uma eventual saída da Crefisa como patrocinadora master não está descartada.
“Você já deve ter ouvido a própria Leila dizer que estende um tapete verde se alguma empresa com uma proposta melhor aparecer”, diz Everaldo Coelho. “Desde que assumi, recebo ligações todos os dias. O mercado nos vê hoje como a joia da coroa, é o clube onde todos querem estar”, complementou.