POR JÉSSICA MAYARA E MATHEUS RIBEIRO
O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, logo após o empate por 1 a 1 com o CRB, que culminou na eliminação celeste na Copa do Brasil, apareceu antes da entrevista coletiva do técnico Enderson Moreira, para mostrar sua insatisfação com o tratamento recebido pelo clube no Estádio Rei Pelé.
Entre as diversas reclamações, o presidente detalhou a má conduta por parte do CRB, apagando as luzes do vestiário e molhando apenas o campo de defesa celeste no intervalo. Segundo Santos Rodrigues todos os ocorridos foram documentados e enviados para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
— Nosso diretor de esporte, André Argolo, no meio do jogo, já foi protestar à CBF, porque o que vimos aqui foi o anti-jogo desde o começo. Um pênalti claríssimo não marcado, que vimos em toda a televisão que transmitiu o jogo falando sobre. No intervalo, o adversário veio bater bola no nosso lado para molhar somente o nosso campo de defesa e o ataque deles, o que culminou no gol deles que o Léo escorrega no lance, e isso foi reclamado durante o jogo ao representante da CBF. Fui relatado, ainda, que quando o nosso time chegou ao vestiário, o local estava sem luzes. O Enderson e os jogadores tiveram que locomover e se ver usando a lanterna do celular — afirmou o presidente do clube em transmissão ao vivo no canal oficial do Cruzeiro no Youtube.
Sérgio Santos Rodrigues classificou o ocorrido como absurdo, principalmente ao se considerar toda a evolução já vivenciada no futebol. Quanto as providências tomadas, o presidente do clube disse ter encaminhado uma mensagem de protesto ao presidente da CBF, ao secretário Walter Feldmann, ao novo vice-presidente Castellar e, também, ao vice-presidente jurídico Carlos Eugênio.
— Já estamos relatando tudo, vamos mandar para a CBF e para o STJD, porque é um absurdo a forma como fomos tratados aqui. Tiramos fotos e mandamos tudo.
Ainda, segundo o presidente, somente 45 pessoas podem ser cadastradas por delegação. No entanto, conforme relatado por Santos Rodrigues, mais de 20 pessoas foram vistas situadas nas arquibancadas agindo como torcedores e não como a diretoria, estavam pressionando e hostilizando os diretores e atletas celestes.
— Ao fim do jogo, fomos trancados com corrente, não deixaram a gente sair para voltar para o vestiário. Também registramos e enviamos à CBF. É um absurdo o que aconteceu aqui hoje, queremos sempre um futebol melhor. Fiz cursos na CBF e em outros lugares, para defender isso. Em que dia que o futebol brasileiro vai mudar com essa postura? Nunca. Enquanto for admito esse tipo de coisa, o futebol brasileiro nunca vai melhorar. Registramos tudo e vamos submeter à CBF —, declarou o presidente.
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