Pela segunda temporada consecutiva, o Jacksonville Jaguars, foi o time com a pior campanha da temporada anterior, por isso, a equipe da AFC South tinha o direito de fazer a primeira escolha do draft de 2022 da NFL. Os Jaguars ficaram balançados entre ele e o EDGE Aidan Hutchinson, mas acabaram optando pelo Travon Walker, defensor que foi campeão universitário com Georgia Bulldogs.
Desde 2017 que não víamos um jogador que não fosse um quaterback ser selecionado na primeira posição. Assim como naquele ano, em que Cleveland Browns pegou Myles Garrett em primeiro, um pass rusher ocupa a primeira posição.
O jovem de 21 anos foi peça fundamental na campanha do College Football, quando ajudou a levar os Bulldogs ao título nacional depois derrotar Alabama e tirar a universidade da fila depois de 41 anos. Walker tem os recursos necessários em seu currículo. O camisa 44 foi o pass rusher titular da universidade campeã nacional justamente por conta de sua defesa espetacular.
Pela segunda vez na história, nenhum jogador de ataque foi escolhido nas primeiras quatro posições. Já fazem 31 anos desde a última vez que isso aconteceu. Foram dois EDGEs e dois cornerbacks em 2022. Em 1991, tivemos um defensive tackle, um safety, um cornerback e um linebacker entre os quatro primeiros selecionados.
Além disso, foi apenas a segunda vez em 20 anos que nenhum quarterback, posição mais importante do esporte, foi escolhido entre as primeiras posições. A primeira aconteceu em 2013.
Quer saber tudo sobre o esporte da bola oval, siga o Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook.
PRIMEIRO QUARTERBACK
Demorou 19 escolhas até sair o primeiro QB da classe nesse draft. Kenny Pickett é o cara do futuro da franquia do Pittsburgh Steelers. Pickett tem um grande potencial vai brigar pela titularidade nos Steelers. Ele terá a dura tarefa de tentar carregar o bastão do ídolo e Hall of Famer Ben Roethlisberger.
Aos 23 anos, o quarterback vem do melhor ano de sua carreira e ainda brigou pelo prêmio Heisman, jogador mais espetacular do futebol americano universitário, terminando na terceira colocação.
+ Dalvin Cook troca de número para a próxima temporada
+ Jaguars renova por mais três anos com o offensive tackle Cam Robinson
CONFIRA A LISTA COMPLETA DE ESCOLHA
Jacksonville Jaguars: Travon Walker (EDGE) – Georgia
Walker correu as 40 jardas do Draft Combine em 4.51 segundos, a marca mais rápida de um jogador com mais de 122kg desde 2006. Ele tem uma capacidade atlética absurda, tendo o potencial de fazer a diferença para a equipe desde o primeiro dia.
Detroit Lions: Aidan Hutchinson (EDGE) – Michigan
A combinação perfeita de explosão, agilidade, força e raça faz dele um jogador especial. Ele é o melhor pass rusher com a melhor eficiência técnica de sua classe. Sua pressão por dentro é excelente e ele sabe trabalhar por fora dos offensives tackles. Titular imediato e de alto nível como calouro.
Houston Texans: Derek Stingley Jr. (CB) – LSU
Por mais que Stingley tenha jogado apenas 10 jogos nas duas últimas temporadas, ele foi uma estrela em 2019, seu primeiro ano de faculdade, interceptando seis passes com a campeão nacional. Ele é alto, rápido e físico na cobertura. Tem bastante agilidade e excelente recuperação nas bolas aéreas. Possui também ótimo equilíbrio, velocidade de pés e inteligência para ler as rotas mais curtas. Derek pode jogar pressionando as linhas, mais afastado ou, até mesmo, de safety recuado.
New York Jets: Ahmad Gardner (CB) – Cincinnatti
Na linha de scrimmage desta classe, Gardner é o melhor marcador sobre pressão. Ele não permitiu mais de 13 jardas em um jogo em 2021. Tem um excelente controle corporal, agilidade de pés e explosão. ‘Sauce’ dificulta para os recebedores saírem da linha de scrimmage e mantém o contato físico. Além de mostrar muita sabedoria quando ocasionalmente joga de em zona, ele é um cornerback que brilha lendo as rotas dos recebedores.
New York Giants: Kayvon Thibodeaux (EDGE) – Oregon
Kayvon é explosivo e se assemelha muito a um QB pela sua velocidade. Seus movimentos de apressar o passe são muito efetivos, mas ele não tem flexibilidade suficiente para contornar os bloqueadores quando estão engajados. Faz um ótimo trabalho com suas mãos e força para não ser bloqueado.
Carolina Panthers: Ikem Ekwonu (OT) – North Carolina State
Ekwonu tem 145kg e uma agilidade única para alguém com seu peso. Consegue espelhar os movimentos do defensor, mas precisa de mais equilíbrio e paciência na proteção dos passes. No jogo terrestre, é agressivo e com força para afastar os marcadores.
New York Giants (de Chicago): Evan Neal (OT) – Alabama
Neal foi titular em seus três anos de College Football. Em 2019 jogou como guard, no seu segundo de right tackle e left tackle em 2021. Na proteção de passes, o jogador é alto, largo e ainda tem força explosiva. Falta agilidade para espelhar os movimentos dos adversário mas compensa isso não permitindo nenhum avanço na força. Neal ainda é dominante no jogo terrestre com excelente ângulos.
Atlanta Falcons: Drake London (WR) – USC
London é efetivo tanto aberto pela lateral quanto pelo meio do campo, brilhando em recepções contestadas. Tem habilidade de colocar o corpo na frente e se torcer enquanto se ajusta à bola. Drake é uma arma de elite na red zone com seu tamanho, controle e percepção da linha lateral para jogar em espaços reduzidos. Ele quebra muitos tackles e dribla defensores depois de uma recepção.
Seattle Seahawks (de Denver): Charles Cross (OT) – Mississippi State
Cross espelha os defensores com agilidade incrível e tem o tamanho de braço para manter os pass rushers distantes enquanto se move, além disso, se movimenta com muita facilidade. No jogo terrestre, Cross se destaca em bloqueios por zona, nos quais pode abusar de sua agilidade. Left tackle para chegar de titular na NFL.
New York Jets (de Seattle): Garrett Wilson (WR) – Ohio State
Garrett Wilson brilha com seu controle corporal ao fazer ajustes segundos antes de receber a bola. Ele consegue recepções extremamente difíceis, contestadas, por causa de suas habilidades de contorcer seu corpo e coordenação de mãos e olhos. Além disso, ele acelera a linha de scrimmage, deixando os defensores desconfortáveis. Wilson precisa ficar mais forte e ainda desenvolver um repertório completo de rotas. Sua alta velocidade é uma ameaça para jogadas longas.
New Orleans Saints (de Commanders): Chris Olave (WR) – Ohio State
Olave é um ótimo corredor de rotas com grande velocidade. Tem grande agilidade para correr após a recepção e brilha como um recebedor vertical e faz um ótimo trabalho em rotas longas.
Detroit Lions (de Minnesota): Jameson Williams (WR) – Alabama
Antes de romper o ligamento cruzado anterior, Williams era um dos prospectos que mais tinha sido valorizado. Ele provavelmente irá perder alguns jogos por conta da sua recuperação e pode não voltar 100% até a sua segunda temporada. Ele é um jogador alto, magro e com muita velocidade. Tem explosão para sair da linha e mostra muita velocidade com a bola no ar.
Philadelphia Eagles (de Cleveland via Philadelphia): Jordan Davis (DT) – Georgia
Davis é um prospecto de nose tackle enorme, com braços longos e velocidade excepcional em linha reta. Como pass rusher, é capaz de empurrar um bloqueio simples em direção ao quarterback com certa facilidade. No entanto, ainda falta explosão no primeiro passo e na mudança de direção. Faz ótimo trabalho controlando os espaços e, frequentemente, atrai bloqueios duplos.
Baltimore Ravens: Kyle Hamilton (S) – Notre Dame
Hamilton possui uma rara combinação de altura, peso, tamanho de braço e mobilidade. Sua excelente habilidade de reação se destaca bastante. Consegue abrir grande parte do campo na marcação em zona e fecha os espaços muito rápido. Ele tem força e velocidade suficiente para marcar tight ends no um contra um e é excelente em contestar recepções.
Houston Texans (de Miami via Philadelphia): Kenyon Green (OG) – Texas A&M
Green é um jogador muito versátil. Ele tem boa capacidade atlética de fisgar e alcançar o jogo de corrida de zona, localizar adversários em movimento e redirecioná-los para ficarem presos aos rushers. O posicionamento errático e largo das mãos, ele tem o mau hábito de nem sempre colocar os pés em contato, se inclinando contra os defensores.
Washington Commanders (de Indianapolis via Philadelphia e New Orleans): Jahan Dotson (WR) – Penn State
Dotson é um recebedor que alinha tanto por dentro quanto por fora. Embora ele tenha um tamanho abaixo da média, ele consegue se desvencilhar constantemente da marcação. Essa característica também aparece ao trabalhar em volta do QB, o que permite com que ele desça com arremessos no trânsito.
Los Angeles Chargers: Zion Johnson (OG) – Boston College
Johnson pode jogar nas cinco posições da Offensive Line e foi um dos melhores prospectos de OL que testou no Combine. Ele é um protetor de passe robusto com paciência e processamento para lidar com stunts de forma eficaz e a força para ancorar contra power moves para manter um pocket firme. Ele também é paciente e preciso com seu timing de ataque para criar leverage com as mãos e espelhar pass rushers. A postura e o timing não são bons, ele acaba não tendo o melhor ângulo para bloquear o defensor.
Tennessee Titans (de New Orleans via Philadelphia): Treylon Burks (WR) – Arkansas
Burks é um jogador versátil usado no slot mas também dá para imaginá-lo por fora. Mãos muito seguras no tráfego, não tem medo do contato quando está com a bola na mão e, ainda, vira um corredor. Ele não tem grande velocidade nas rotas, além de algumas quebras arredondadas de rotas.
New Orleans Saints (de Philadelphia): Trevor Penning (OT) – Northern Iowa
Penning faz um bom trabalho ao tirar os defensores que se inclinam na proteção do passe, com a capacidade de soltar os quadris e ancorar rapidamente. Ele impõe sua vontade e domina a competição com tamanho e torque avassaladores, mas tem lapsos ocasionais em que parece seguir os movimentos, deixando os defensores escorregarem nos bloqueios com muita facilidade.
Pittsburgh Steelers: Kenny Pickett (QB) – Pittsburgh
Pickett tem boa capacidade física, experiência de 4 anos no College Football e trabalha olhando campo inteiro. Além disso, foi muito produtivo. Seu arremesso não é tão potente, o que pode causar diversas interceptações. Ele ainda aparenta ser muito indeciso e é melhor quando escapa para o lado para executar o passe.
Kansas City Chiefs (de New England): Trent McDuffie (CB) – Washington
McDuffie é um cornerback habilidoso com habilidades para jogar em vários esquemas e posições em uma linha secundária da NFL. Ele é um atleta de alto nível com velocidade muito boa, com fluidez para afundar o quadril e sair rapidamente das pausas. McDuffie tem o melhor desempenho na cobertura de zona, onde ele pode ver as rotas se desenvolverem à sua frente, juntamente com bolas de lançamento rápido que ele pode antecipar e pular.
Green Bay Packers (de Las Vegas): Quay Walker (LB) – Georgia
Walker defensor de corrida competente. Como todos os defensores da Geórgia, Walker tem um comportamento desagradável em relação ao contato e, as vezes, fica confuso no trânsito. Sua força vacila às vezes, mas ele sempre se encontra perto da ação, em parte graças a habilidades de movimento confortáveis em espaços apertados e diagnósticos confiáveis de jogos de corrida. Ele também mostra uma caixa de ferramentas completa para poder evitar bloqueios, mesmo que seu perfil físico torne difícil capitalizar o tempo todo. O outro lado é que a velocidade de Walker e o redirecionamento desajeitado podem pegá-lo desprevenido no espaço com muita frequência.
Buffalo Bills (de Arizona via Baltimore): Kaiir Elam (CB) – Florida
Elam faz seu melhor trabalho no jogo de passe. Ele é um cornerback físico que gosta de colocar as mãos nos recebedores e redirecioná-los enquanto eles trabalham no campo. Para um cornerback mais alto, ele faz um trabalho muito bom em afundar os quadris para fazer a transição entre as pausas. Elam faz um ótimo trabalho em ficar parado e atacar o ponto de recepção com muita velocidade e recuperação.
Dallas Cowboys: Tyler Smith (OT) – Tulsa
Smith tem poder, força e comportamento chocantes para gerar algumas finalizações épicas como um bloqueador de corridas, apesar de sua inconsistência, mas é esporádico devido à frequência com que ele é superado. Ele tem uma força nos quadris que facilitam na hora de abrir ângulos amplos, criando uma borda suave e fácil acesso ao corner. No geral, Smith tem as características físicas e muita agressividade para se tornar um eventual titular da NFL. No entanto, ele ainda é cru e uma máquina de pênaltis que precisa reconfigurar sua técnica desde o início antes que comece um jogo de titular.
Baltimore Ravens (de Buffalo): Tyler Lindenbaum (C) – Iowa
Linderbaum faz um ótimo trabalho ao passar por baixo e por dentro das almofadas dos atacantes defensivos em blocos combinados para criar deslocamento enquanto sabe exatamente quando ultrapassar ou liberar para o segundo nível. Ele faz ângulos sólidos para cruzar os apoiadores em sua escalada, com força de perna esmagadora e poder para derrubá-los regularmente no chão quando necessário. Ele precisa trabalhar para diminuir um pouco no segundo nível para não ultrapassar os alvos e diversificar o uso das mãos na proteção para não ficar muito previsível.
New York Jets (de Tennessee): Jermaine Johnson II (EDGE) – Florida State
Johnson tem uma combinação de agilidade nos pés e nas mãos e as sincronia entre eles que se destaca. Ele ainda pode jogar como defensive end ou outside linebacker. Ele desenvolveu uma lista sólida de movimentos iniciais para apressar o passe, mas ainda precisa desenvolver os movimentos secundários.
Jacksonville Jaguars (de Tampa): Devin Lloyd (LB) – Utah
Lloyd tem boa explosão e mudança de direção. Excelente leitura de jogo quando vem de passes, a defesa flui ao seu lado. Navega bem no tráfego e tem boa saída de bloqueios. Os quadris poderiam ser mais fluídos como um todo, facilitando no momento do tackle.
Green Bay Packers: Devonte Wyatt (DT) – Georgia
O jogo de Wyatt é definido por quão bem ele sai da bola. Ele pode explodir no campo para derrubar um atacante, bem como rasgar a linha de scrimmage em uma lacuna diferente. Wyatt também joga com excelente alavancagem para garantir que ele entregue sua explosão, o que é absolutamente necessário considerando seu comprimento médio e posicionamento inconsistente das mãos.
New England Patriots (de San Francisco via Miami e Kansas City): Cole Strange (iOL) – Chattanooga
Strange tem estrutura, habilidade atlética, força de jogo e resistência competitiva para ser considerado um reserva de alto nível em várias posições, com potencial inicial nas primeiras temporadas na guarda. Ele precisará de refinamento para se comportar em situações isoladas como protetor de passe na NFL e aprender como recuperar com mais eficiência a alavancagem como bloqueador de corridas.
Kansas City Chiefs: George Karlaftis (EDGE) – Purdue
Karlaftis tem um potencial excepcional e já terá algumas maneiras de fornecer valor desde o início, à medida que continua se desenvolvendo. Como titular de três anos, ele melhorou a cada temporada em Purdue, o que deve ser um bom presságio para ele evoluir ainda mais na NFL. Karlaftis tem o tamanho, a explosão e a versatilidade de passes para ser um dos jogadores mais disruptivos da NFL em algumas temporadas.
Cincinnati Bengals: Daxton Hill (S) – Michigan
Embora Hill tenha uma boa velocidade e habilidades de movimento, ele pode cair de fase no campo. Ele pode se virar às vezes no jogo de passe. Reação mais lenta e capacidade de quebrar linhas atacantes podem permitir que os receptores tenha vantagem sobre ele. Hill precisará usar sua força e fisicalidade no slot quando chegar a liga. Embora ele não tenha a contração necessária, ele também pode tentar jogar como safety em tempo integral.
Minnesota Vikings (de Los Angeles Rams via Detroit Lions): Lewis Cine (S) – Georgia
Cine está no seu melhor quando tem espaço entre ele e os recebedores, dando-lhe tempo para ver a jogada se desenvolver e reagir. Com suas habilidades e produção, ele tem a capacidade de ser um reserva de alto nível com funções de titular no final de sua carreira.