Nesta segunda-feira (2), foi confirmado pelo diretor-executivo do grupo Volkswagen, Herbert Diess, que Audi e Porsche adentrarão na Fórmula 1 a partir de 2026, ano que a categoria passará por uma nova reformulação técnica. Segundo Herbert o que pesou muito na decisão foi o crescimento astronômico da popularidade da F1, principalmente nos mercados asiáticos e americanos.
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“Na Porsche, isso já é relativamente concreto. Na Audi, não tanto”, comentou Diess em uma entrevista transmitida pela Volkswagen. “Se você está no esporte a motor, deve estar na Fórmula 1”, defendeu. “É lá que o efeito é maior”, completou.
– Você não pode entrar na Fórmula 1 a menos que a janela de tecnologia se abra. É preciso uma mudança de regra para chegar lá – disse o diretor-executivo, confirmando que as novas regras da F1 têm grande papel na decisão de entrada a partir de 2026.
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O plano da Fórmula 1 em 2026 é de iniciar um caminho mais sustentável. Os motores seguirão com a tecnologia V6 turbo, porém uma peça será removida, o MGU-H, bateria responsável por criar energia elétrica nos carros, o MGU-K irá compensar pela remoção desta bateria. Aproximadamente 476 cv devem ser entregues pelo motor de combustão e o motor elétrico.
O combustível será 100% neutro em CO2, e o limite de gastos deve ser mantido em US$ 140 milhões (R$ 666 milhões na cotação atual).
De acordo com Diess, se as fábricas não aproveitarem essa oportunidade de entrarem no mundo da Fórmula 1, a próxima janela será daqui uma década. “Você precisa de um novo desenvolvimento de motor e para fazer um novo desenvolvimento de motor, você precisa de três ou quatro anos”, comentou.
O plano é que Audi e Porsche parem de competir em outras categorias do automobilismo e que, ao menos a segunda marca, de fato, entre na Fórmula 1 como fornecedora. Conforme dito por Diess, a Porsche já tem negociações bem avançadas para uma parceria, que, ao que tudo indica, será com a Red Bull. As duas partes já trabalharam juntas no WRC (Mundial de Rali).
Pelo lado da Audi o desejo é de uma equipe própria e um motor autoral para ingressar na Fórmula 1. O desejo da fábrica de Ingolstadt não é, no momento, iniciar uma equipe do zero, a ideia é comprar alguma das atuais equipes. McLaren, Williams, Sauber (Alfa Romeo) e até mesmo a Aston Martin já listadas como possíveis alvos.