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Passagem de Zé Ricardo pelo Vasco termina com pouco futebol, mas com time encaminhado para Série B

Zé Ricardo Vasco
Foto: Daniel Ramalho/Vasco

Acabou, no último domingo, de forma um tanto quanto surpreendente, a segunda passagem do técnico Zé Ricardo pelo Vasco. O treinador pediu demissão do clube por ter aceito uma proposta do Shimizu S-Pulse, do Japão, e deixou o comando do Cruz-Maltino após pouco mais de seis meses de trabalho. E, entre um começo ruim e uma Série B invicta, Zé Ricardo deixa, ao menos, um bom esboço de time encaminhado para a sequência da temporada.

Contratado no começo de dezembro de 2021, Zé Ricardo chegou ao Vasco com foco na Série B desta temporada, depois do clube não ter conseguido o acesso na última temporada. Mas, mesmo antes do início do Brasileiro, o treinador já teve seu trabalho contestado pelas atuações e resultados no Campeonato Carioca e na Copa do Brasil.

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Depois de um bom começo de Carioca, com cinco jogos sem perder, mesmo com atuações irregulares, o Vasco e Zé Ricardo começaram a ser contestados por não vencer clássicos no Estadual. Foram cinco derrotas em cinco jogos, sendo três para o Flamengo, incluindo as duas partidas das semifinais, que culminaram com a eliminação do time no Carioca.

Antes mesmo do fim do regional, o Cruz-Maltino também já havia ficado fora da Copa do Brasil, ao ser eliminado pela Juazeirense, nos pênaltis, na segunda fase da competição. Este momento, com as duas eliminações em cerca de dez dias foi o momento de maior pressão sobre Zé Ricardo, mas o treinador recebeu o voto de confiança da diretoria para a Série B.

Já no Campeonato Brasileiro, mesmo com um começo ruim, com três empates, o Vasco conseguiu crescer na competição e, ao menos, vinha contando com bons resultados em São Januário para subir na tabela. Zé Ricardo deixou o time ainda invicto na competição, com quatro vitórias e seis empates, com 18 pontos, na quarta colocação.

Mesmo com um desempenho que não enche os olhos, principalmente no setor ofensivo, o Vasco de Zé Ricardo se destacou pelo forte sistema defensivo – é a melhor defesa da Série B. A linha com Edimar, Anderson Conceição, Quintero e Gabriel Dias, além do goleiro Thiago Rodrigues, já está estabelecida no time titular. Os laterais, inclusive, são frutos da insistência de Zé Ricardo, que, em um primeiro momento poderia ter sido questionada, mas, agora, são praticamente unanimidades.

Zé Ricardo também deixa como legado no Vasco o espaço dado a garotos como Andrey Santos e Figueiredo. O primeiro, titular absoluto do time, e com méritos. O atacante ainda busca mais oportunidades, mas já vem mostrando o seu potencial. Por outro lado, o setor ofensivo ainda precisa melhorar para a sequência da competição e para o time buscar o acesso para a elite do futebol brasileiro. A próxima janela de transferências e o possível investimento da 777 Partners pela SAF do clube surgem como esperanças no horizonte vascaíno.

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Entre erros e acertos, Zé Ricardo deixa o Vasco com 25 partidas, doze vitórias, oito empates e apenas cinco derrotas – todas em clássicos -, o que represente um aproveitamento de 58,7%. Foram 29 gols marcados e 17 sofridos. O futuro treinador do Vasco terá trabalho pela frente, mas já vai encontrar um bom rascunho de time encaminhado para a sequência da Série B.

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