Sábado acordou cedo para mim. Resolvi tirar as poeiras da cabeça e escrever uma crônica. Nunca escrevi sobre o futebol alemão antes e nem sei falar alemão.
A ansiedade é algo que compartilho com o restante do mundo e faz o jogo parecer até partida de Copa do Mundo.
Jogadores, pela minha tevê, seguem protocolos elaborados pelo campeonato para a realização do clássico entre Borussia Dortmund (BVB) versus Schalke 04, válido pela Bundesliga.
O meu protocolo para assistir a partida foi: passar um café, poderia e deveria ser cerveja, porque a licença da futebol permite, mas fui de café mesmo.
“Ao vivo” foi o que repetiu, diversas vezes, o narrador da partida e o comentarista. Eles tinham que avisar para todo mundo, inclusive para mim, que o jogo era AO VIVO e não uma reprise como já estávamos acostumados nesse quarentena.
O Borussia começou melhor. A torcida (não no estádio, porque não podiam estar), na minha cabeça, empurrava os jogadores. Gritavam com tradução : Borussia nós sempre estaremos com você! Schalalalalala!
Primeiro gol em quarentena a gente nunca esquece. É histórico! É coisa de comentar! Tinha que ser: Haaland, depois de boa trama orquestrada. 1 a 0 para o BVB.
Logo depois veio o segundo gol em erro na saída do goleiro Schubert (Schalke 04), mais uma vez o Haaland pareceu, porém desta vez, em assistência para finalização de Raphael Guerreiro.
Mal começou o segundo tempo e veio mais um. 3 a 0 em conta-ataque e finalização de Hazard. Comecei a ouvir “ lá vêm eles de novo…” Será que estava cedo?
O time de amarelo brinca com o visitante. Coloca na roda. O quarto do BVB me lembrou da brincadeira de bobinho. Guerreiro finalizou sem acreditar que estava fazendo mais um gol. O narrador demorou a gritar gol.
Será que eu não estou vendo um treino? Para mim pode encerrar a partida aos 17 minutos do segundo tempo já que a falta de ritmo do Schalke 04 deixa o campo gigante.
“Virou passeio…”. Comecei a me lembrar de outra partida de futebol (aquela fatídica de 2014, no Mineirão) e acho melhor encerrar mesmo o jogo. A ansiedade, euforia do começo, estava dando lugar para uma tristeza.
Ah, que bom, a cena final foi para aquecer o coração de novo quando os jogadores do Borussia dirigiam-se até a torcida da Muralha Amarela para comemorar a vitória como se eles estivessem lá. Torcida faz falta, né, minha filha?
Ah, vou tomar uma cerveja!
– Quatro Beck’s, por favor!
Bom sábado a todos!
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