Uma confusão generalizada tomou conta do final da partida entre Manaus e Treze, na noite desta segunda-feira (14), na Arena da Amazônia. Logo após o gol de empate do Manaus, já nos acréscimos do segundo tempo, os jogadores do Treze partiram para cima do auxiliar para questionar a validade do gol. Acabou com os ânimos exaltados e a polícia chegou a entrar em campo para intervir.
O que de fato aconteceu?
O Treze vencia até os 52 minutos do segundo tempo, contudo, pouco antes, aos 47, Marcos Vinícius acabou sendo expulso por levar o segundo cartão amarelo, consequentemente o vermelho, e acabou fazendo com que a equipe paraibana recuasse. Com o Manaus pressionando, numa jogada de arremesso lateral, Hamilton conseguiu desviar para trás e a bola sobrou para Matheusinho que cabeceou, o goleiro Renan não conseguiu chegar na bola, e o gol foi marcado.
A questão que envolveu toda a polêmica é que após o árbitro validar o gol, o auxiliar, que costumeiramente corre para o centro do gramado validando o gol, não teve essa atitude, o que revoltou os jogadores trezeanos que partiram em bloco para questionar a ação do auxiliar. Os questionamentos dos jogadores do Treze ficaram mais ríspidos e a polícia foi chamada para conter os ânimos dos jogadores.
Após a chegada da polícia ao gramado de jogo, cerca de oito soldados que escoltavam a arbitragem, os ânimos se exaltaram ainda mais. O goleiro Andrey, que havia saído no decorrer do segundo tempo por exaustão física, foi o mais exaltado dos jogadores do Treze e partiu em direção dos policiais, desferindo socos em direção ao policial. Em represália, a polícia reagiu desferindo jatos de gás de pimenta na direção dos jogadores que estavam próximos, como pode ser conferido no vídeo a seguir.
Como na Série C não existe o recurso do árbitro de vídeo (VAR), o lance não pôde ser revisado como questionavam os jogadores do Treze que pediam a anulação do gol do Manaus. Foram cerca de 10 minutos de provocações, peitadas, intervenção policial e, com os jogadores dos dois times afetados pelo gás de pimenta e com o psicológico afetado após a confusão, o árbitro Ilbert Estevam da Silva resolveu dar por encerrado o jogo entre Manaus e Treze, por falta de segurança. Em nota divulgada pela assessoria, o gerente executivo do Treze, Almir Dionísio, se pronunciou e questionou a decisão da arbitragem.
– As duas equipes resolveram ficar no campo, pedindo para o árbitro dar sequência ao jogo (pois ainda faltavam alguns minutos para o jogo terminar, haja visto que o árbitro encerrou a partida antes da finalização do tempo acrescido por ele), e ele (o árbitro) não quis mais fazer o jogo. As duas equipes permanecem em campo, 1h30 após a partida, aguardando um retorno dele, mas ele não quer retornar – finalizou Almir.
Com o empate o Manaus se estabelece na sétima posição do Grupo A com sete pontos, enquanto o Treze segue em situação delicada, com apenas dois pontos, na nona colocação do Grupo A, sendo o primeiro time do Z2, que rebaixa para a Série D.
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