O Grêmio não está em um bom momento. No Campeonato Brasileiro, o tricolor ocupa a décima terceira posição da tabela, tendo apenas duas vitórias em nove jogos. Na Libertadores, apesar de seguir na segunda colocação do grupo, viu a situação apertar pós derrota para a Universidad Católica. Agora, o time Chileno e o América de Cali somam três pontos cada, um a menos que o tricolor. Mas além dos números, o que realmente aflige o torcedor é a atuação do Grêmio. Time lento, burocrático e com imensas dificuldades para criar. E agora, outra coisa também preocupa: as expulsões.
Na atual temporada, foram nove cartões vermelhos do Grêmio. Quatro deles apenas no Grenal da Libertadores, em março, outro no clássico válido pelo Campeonato Gaúcho, e quatro consecutivos nas últimas quatro partidas do tricolor: no empate contra o Atlético Goianiense, na vitória contra o Bahia, no empate em casa contra o Fortaleza e na derrota contra a Universidad Católica. Uma sequência de jogos em que o Grêmio teve atuação muito criticada.
Em entrevista coletiva após o jogo contra o Fortaleza, Renato foi questionado, mas o técnico amenizou a questão, disse que nos casos de Geromel, contra o Atlético Goianiense, e Matheus Henrique, contra o Bahia, foram faltas necessárias e do jogo. Já contra o Fortaleza, Renato disse que Luiz Fernando perdeu a cabeça, “mas vamos conversar com esse jogador, ele está chegando e com o tempo vai entender a maneira como a gente joga e a maneira como deve se comportar dentro de campo”, respondeu.
A situação se repetiu na Libertadores e chama a atenção, já que, os cartões vermelhos não eram recorrentes na equipe, pelo menos desde que Renato assumiu o cargo, em 2016. Portaluppi chegou em setembro daquele ano, e naquele final de temporada, foram apenas duas expulsões. Em toda a temporada de 2017 foram seis, em 2018 foram três e em 2019 apenas cinco. Ou seja, só até aqui em 2020, o número de expulsos supera o de todas as outras temporadas comandadas por Renato.
Os números anormais podem estar ligados ao momento do Grêmio. Com dificuldades para criação e com a pressão para vencer, o tricolor acabou sendo mais duro nas últimas partidas. Agora o Grêmio tem uma sequência pesada de confrontos. Joga contra o Palmeiras, Atlético Mineiro e Inter pelo brasileiro, e novamente contra o colorado e a Universidad Católica pela Libertadores.