Ana Moser tomou posse nesta quarta-feira como nova ministra do Esporte, pasta que foi recriada pelo governo Lula. Ao iniciar seu discurso como ministra, a ex-jogadora de vôlei comparou o desafio à frente do esporte com os tempos quadras e a rivalidade com a seleção de Cuba, que marcou sua geração.
– Acho que a missão aqui é mais difícil que Brasil e Cuba (risos). Vamos estar juntos de cada um que está aqui para ouvir e encaminhar as questões de todas as dimensões do esporte, que são muitas e diversas. E que tenhamos espírito de muita conversa para que a gente construa algo novo e maior que temos hoje. E que aumente e muito o esporte. A gente tem de fazer que mais pessoas conheçam, pratiquem e se beneficiem do esporte.
Em discurso durante a sua posse como titular da pasta, Ana Moser pregou que a prática de atividade física seja democratizada para, além de colaborar com a saúde da população, ajudar na descoberta de novos talentos.
– Fazer uma revolução no esporte. Oferecer o esporte na vida de todos e todas as brasileiras. E fazer evoluir o esporte amador. Foi um pedido do presidente Lula. Lula sempre foi um esportista. Essa é a grande janela que se abriu. Ele ter a experiência e amar o esporte.
De acordo com ela, o Brasil é um dos países mais sedentários do mundo, pois somente 30% fazem alguma atividade física regularmente.
Ana Moser revelou que, em conversa, Lula falou de sua fama de pavio curto, diante dos embates da ex-atleta com o COB na história recente. Ela, no entanto, falou da necessidade de trabalhar com todas as instituições.
– Ele (Lula) tinha ouvido falar que sou muito pavio curto. E deu uma risadinha. Acho que isso são reflexos de longos episódios com COB e outras. Vou dizer que vamos continuar a ter esses episódios, se for o caso. Mas acho que não será. Temos setores que avançaram muito nas ultimas décadas. temos inúmeros temas e contribuições para compartilhar. O gabinete estará sempre aberto.
Ana Moser integrou o time que levou a primeira medalha olímpica no vôlei feminino, em 1996, nos Jogos de Atlanta, nos Estados Unidos, quando o Brasil levou bronze. Cinco anos depois, ela fundou o Instituto Esporte e Educação, uma organização não-governamental que busca difundir o esporte e que já atendeu mais de 6 milhões de crianças no país. Ela dirige a ONG até hoje.