Com nova dupla de pilotos, equipe indiana busca nova fase com chegada da Gen3
Considerada por muitos fãs da Fórmula E um dos times mais simpáticos do grid, a Mahindra Racing é uma das pioneiras na categoria, com presença na competição desde o primeiro eprix. O time indiano teve altos e baixos durante as oito temporadas e agora busca cravar seu lugar no topo.
Na primeira temporada, a Mahindra sequer conseguiu um pódio. Mesmo com uma dupla formada por pilotos com passagem na Fórmula 1 (o alemão Nick Heidfeld e o brasileiro Bruno Senna), foi um ano sem grandes resultados.
A partir do segundo ano, a Mahindra começou a figurar nos pódios. O primeiro deles com Bruno Senna no final da temporada, com um segundo lugar (curiosamente, o vencedor foi Nicolas Prost, filho do grande rival do tio de Bruno na Fórmula 1). E no campeonato seguinte, veio a primeira vitória, com o sueco Félix Rosenqvist, que assumiu o lugar do brasileiro no time e terminou em terceiro no campeonato.
Após o terceiro lugar no campeonato de equipes na terceira temporada, a expectativa para o ano seguinte eram altas, principalmente por conta das duas vitórias consecutivas de Félix Rosenqvist no começo na primeira metade. Mas, a segunda metade foi muito abaixo do esperado pelo time indiano e além de ficar de fora da disputa do título pelo campeonato de pilotos, o time terminou apenas em quarto lugar entre as equipes.
A Era Gen2 foi menos gloriosa para a Mahindra. Na quinta temporada, saíram Rosenqvist e Heidfeld, chegaram Jérôme D’Ambrosio e Pascal Wehrlein. D’Ambrosio até chegou a vencer uma prova, mas novamente o time indiano não conseguiu ter grandes chances non campeonato. No ano seguinte, foi ainda pior: nenhum pódio conquistado.
No sétimo ano, a Mahindra até teve uma vitória com Alex Lynn, mas outra vez foi mera coadjuvante na competição, assim como na oitava temporada, onde conseguiu apenas um segundo lugar com Oliver Rowland na corrida 1 em Seul. Agora, depois de tantos “quases” e frustrações, mudanças estão acontecendo no time indiano…
Hora de lutar pelo título?
A Mahindra foi uma das primeiras equipes a garantir a sua presença na Era Gen3, a terceira geração de carros elétricos da Fórmula E. E o time indiano fez grandes mudanças para que nessa nova era da categoria, o tão sonhado título possa se tornar realidade.
A primeira mudança foi a saída de Dilbagh Gill após oito anos a frente do time. O simpático chefe indiano deixou a Mahindra e foi substituído por Fréderic Bertrand, que antes de assumir a equipe, era diretor da Fórmula E junto a FIA.
No cockpit da Mahindra, também aconteceu mudanças. Alexander Sims deixa a Fórmula E, e para o seu lugar na equipe indiana chegou o brasileiro Lucas di Grassi. Campeão da terceira temporada e único piloto do grid que participou dos 100 eprix já disputados na história da categoria, a experiência de Di Grassi pode ser a chave para a evolução do time.
O companheiro de Di Grassi será o britânico Oliver Rowland, que já havia disputado a temporada passada na Mahindra. Considerado um piloto rápido, principalmente nas sessões de treinos, Rowland é visto como o parceiro ideal para Di Grassi na categoria, aliando experiência e velocidade a uma equipe que sonha com a chance de chegar ao topo.
Nos testes de Valência em dezembro, a Mahindra oscilou bastante. Em algumas sessões, Rowland conseguiu ter um bom ritmo e até andou próximo dos líderes, enquanto Di Grassi ficou próximo de seu companheiro de equipe. Mas, em alguns momentos, ficou claro que o time indiano ainda tem muito a melhorar.
De qualquer forma, com a dupla de pilotos que possui e por ser uma equipe fabricante, ninguém duvida que a Mahindra ainda tem muito a evoluir durante o campeonato, e quem sabe, se tornar candidata ao título.
Nome da equipe: Mahindra Racing
País de Origem: Índia
Sede: Banbury, Reino Unido
Corridas disputadas: 100 eprix
Vitórias: 5
Pódios: 23
Pole Positions: 9
Nome do Piloto: Lucas di Grassi
País: Brasil
Número do carro: 11
Idade: 38 anos
Corridas disputadas: 100 eprix
Títulos conquistados: 1 (na 3ª temporada)
Vitórias: 13
Pódios: 39
Pole Positions: 3
Pontos totais na Fórmula E: 1009 pontos
Voltas rápidas: 12
Voltas na liderança: 348
Nome do piloto: Oliver Rowland
País: Reino Unido
Número do carro: 8
Idade: 30 anos
Corridas disputadas: 56 eprix
Vitórias: 1
Pódios: 6
Pole Positions: 5
Pontos totais na Fórmula E: 263 pontos.