De acordo com o jornal L’Équipe nesta terça-feira (7), membros da direção do PSG demonstraram preocupação com a questão do Fair Play financeiro.
Estas preocupações ocorrem devido às possíveis sanções que o Manchester City poderá enfrentar na Inglaterra após denúncia da Premier League com supostas violações destas questões.
Nos últimos dois anos, a equipe de Paris teve acréscimo de 45% nos salários por conta da contratação de Lionel Messi e das renovações contratuais de Neymar e Kylian Mbappé.
A Uefa sancionou o PSG em agosto com uma multa de € 5 milhões, dos quais 10 milhões foram pagos antecipadamente e os outros 55 milhões estão suspensos caso o clube viole as regras financeiras novamente.
Tanto o conselheiro esportivo Luis Campos quanto o presidente do clube, Nasser Al Khelaïfi, agora devem trabalhar meticulosamente para evitar gastar 90% de sua renda – que será de 70% em dois anos – reduzindo a fonte salarial vendendo jogadores do atual elenco.
O L’Équipe também informou recentemente que a procuradoria de Paris abriu uma investigação preliminar em janeiro, após uma denúncia apresentada por Hachim Bouajila, empresário tunisiano que supostamente trabalhou para o PSG entre 2015 e 2018. O jogador de 47 anos supostamente ajudou Al Khelaïfi tanto na BeIN Sports, canal esportivo do presidente do clube francês, e no PSG.
Segundo Bouajilla, a remuneração que recebia por seus serviços era como membro de uma academia de tênis e não como funcionário do Paris Saint-Germain, crime previsto no código penal francês.
O advogado, Bertrand Repolt, admitiu ao L’Équipe que se tratou de “uma fraude” de contrato de trabalho, já que em nenhum momento da relação contratual se afirmou que Bouajilla trabalhava para o PSG.
PSG busca se readequar com novas regras do Fair Play financeiro
Mesmo assim as perdas do PSG aumentaram exponencialmente nos últimos anos, a ponto de ter uma folha salarial esta temporada no valor de 728 milhões de euros.
O clube da Ligue 1 também perdeu 370 milhões de euros na última temporada, sendo diretamente afetado pelo novo Fair Play Financeiro, que entrará em vigor em junho, obrigando o clube a reduzir drasticamente sua folha de pagamento.