Robinson de Castro comunicou nesta quinta-feira que renunciou ao cargo de presidente do Ceará. Ele havia sido eleito presidente para o triênio 2022-2024 em dezembro de 2021. O segundo vice-presidente, Carlos Moraes, assume por 90 dias para convocar realização de novas eleições para Diretoria Executiva.
– Como tenho falado desde 13 de novembro de 2022, eu me afastei publicamente, desde a nossa queda para Série B. Eu tinha que explicar, tentar aqui, as situações mais importantes para o clube. Quando nós caímos para a Série B, a gente tinha uma expectativa de ter uma receita complementar. Mas como administrar sem essa receita esperada? Nós nos debruçamos sobre isso. Peço desculpas, porque sou o maior responsável pelo que acontece no clube. Eu sabia que tinha uma missão para cumprir, naquele momento não tinha mais desejo de continuar, mas precisava fazer uma transição financeira – afirmou Robinson, em coletiva.
Após os fracassos em 2022, a pressão sobre o ele aumentou. Robinson criticou o elenco do Ceará de 2022, que não conseguiu permanecer na primeira divisão.
– Fiquei decepcionado com nossos jogadores, com a falta de comprometimento e de respeito. Não assumiram a responsabilidade de manter o clube onde ele estava. Cobramos de todas as formas, mas o comportamento de parte do grupo não nos entregou.
LEGADO
Tive privilégio de passar cinco anos em sequência na Série A (do Brasileiro) com o Ceará. Duas classificações para Sul-Americana. Fizemos a melhor campanha da fase de grupos da Sul-Americana. Vencemos jogos que pouquíssimos clubes conseguiram. Fomos campeão brasileiro de Aspirantes em 2020 e fomos vice, também. Bons valores saindo da base. No feminino, fomos campeões da Série A2. No futsal, fomos campeões também.
‘Não queríamos a continuidade da briga, da divisão’
Robinson de Castro também comentou sobre a eleição do Conselho Deliberativo, desta quinta-feira, que terá uma chapa única.
– Muita gente (do mercado) recuou, se preocupou (com a instabilidade política do Ceará). Chegamos a um nível de credibilidade grande e isso foi atingido. É uma sequela que precisa ser superada. Na semana passada, tive com o Evandro (Leitão, ex-presidente executivo e do Conselho) para tentar unificar e tentar evitar as duas chapas (para o Conselho). Elas se tornaram única. Não queríamos a continuidade da briga, da divisão, para que na minha saída tivesse mais tranquilidade até a eleição de um novo presidente. Era a minha preocupação: financeira, política e a parte estratégica.
Chapa única terá como nome principal José Barreto de Carvalho Filho para a presidência do Conselho. Compõem a chapa: Herbet Gonçalves (1º vice-presidente), Márcio Forti (2º vice-presidente), Castelo Camurça (secretário geral) e Joathan Machado (secretário adjunto). O mandato da chapa eleita começa neste 2023 e vai até 2026.
