Pouco mais de três anos separam o último jogo do Goiás no Serra Dourada e a volta do clube à antiga casa, que ocorrerá neste sábado (25), contra o Goiânia, no jogo de ida das quartas de final do Campeonato Goiano. A decisão de trazer o duelo para o local, entretanto, foi do Goiânia, que será a equipe mandante. Carecendo de melhorias, o antigo palco onde o Goiás costumava mandar suas partidas recebeu um jogo do Esmeraldino pela última vez na 38ª rodada do Brasileirão de 2019.
Atualmente, o local não tem atraído o interesse dos grandes clubes do estado para sediar partidas. Nesse cenário, o estádio passou mais de dois anos sem ser palco de algum duelo, recebendo a liberação apenas após um acordo entre o Ministério Público de Goiás (MP-GO) e a Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), oficializado em abril de 2022.
Sendo assim, desde 2020, o Goiás passou a levar seus jogos para o Hailé Pinheiro, a Serrinha, por entender que o palco ofereceria uma série de vantagens. Entre elas, as possibilidades de obter as receitas em sua totalidade e realizar ações de marketing dentro do estádio de maneira facilitada; além de questões como conforto, segurança, localização, estrutura e controle total sobre o gramado.
“Estamos muito felizes com a história que vem sendo construída no estádio Hailé Pinheiro. O gramado é impecável, temos um dos melhores vestiários do país e, na parte do torcedor, estamos evoluindo a cada dia. Fizemos o espaço família, catracas exclusivas para mulheres e acessibilidade para aqueles que necessitam. Já em termos de segurança, por exemplo, somos o único clube brasileiro que tem reconhecimento facial para 100% do público”, destaca Paulo Rogério Pinheiro, presidente do Goiás.
Apesar de menor que o Serra Dourada, a proximidade maior das arquibancadas ao gramado, proporcionando um ambiente mais favorável para o mandante, em termos de pressão, é outro fator levado em consideração pelo Goiás. Nas redes sociais, é possível notar que os torcedores também estão gostando da “nova casa”, que tem sido vista como um espaço em conformidade com a identidade e a cultura do clube.
“É nítido que o torcedor abraçou o estádio Hailé Pinheiro. A nossa nova casa é totalmente personalizada, tem a cara e a identidade do Goiás. Nela, temos a torcida mais próxima ao campo e podemos sentir a sua pulsação. Tenho certeza que ainda viveremos grandes e felizes momentos ali”, acrescenta o dirigente.
Se no Serra Dourado o Esmeraldino viveu momentos marcantes, como os títulos do pentacampeonato estadual, decisões da Sul-Americana (2010, contra o Independiente) e da Copa do Brasil (1990, contra o Flamengo), a Serrinha também oferece um bom retrospecto: são 288 jogos, 185 vitórias, 61 empates e 42 derrotas, o que representa um aproveitamento de 71,30% (dados de Fernando Lima/GEC).
Com a vitória sobre o União Rondonópolis, nesta semana, o clube também ultrapassou a marca de 600 gols marcados na história do estádio, com 602, tendo uma média de 2,09 tentos anotados por jogo.
