Ao longo desta pandemia, tanto civis quanto atletas e envolvidos foram atingidos pela ausência do futebol. Nos casos dos jogadores, campeonatos paralisados, salários reduzidos, demissões em muitos clubes e torcedores sem poder ir ao estádio aconteceram nestes quase 70 dias de isolamento social no Brasil. Nesta semana, uma decisão da juíza Ana Larissa Lopes Caracik, da 50ª Vara do Trabalho do Rio de Janeiro do Tribunal Regional do Trabalho da Primeira Região (TRT-1), negou um pedido do goleiro Paulo Victor, ex-Flamengo, hoje no Grêmio, de saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), fazendo duras críticas ao jogador ao embasar a decisão. Cabe recurso.
O Esporte News Mundo teve acesso a detalhes do caso. Ao todo, Paulo Victor tentou resgatar mais de R$ 1 milhão preso junto ao FGTS colocando a pandemia como principal motivo, o que foi rebatido na decisão. No documento, a juíza do TRT-1 alegou diversos pontos para que fosse negado o pedido do atleta. Dentre eles, indagações sobre a atitude do goleiro, além de ponderações aos aspectos negativos, como números de mortes, contágios e os demais impactos que o novo coronavírus trouxe para as áreas de maior carência do Brasil. A magistrada também fez duras críticas ao governo pelas situações precárias que agravam a pandemia, como a falta de saneamento básico. A ação foi extinta com resolução do mérito.
Procurada pela ENM, a assessoria do atleta afirmou que “o Paulo Victor está apenas buscando seu direito, assim como qualquer trabalhador que paga mensalmente o FGTS. Sendo o FGTS, um valor pago pelo próprio trabalhador, e depositado em conta vinculada ao atleta. Qualquer juízo de valor, neste caso, é algo sensacionalista e errôneo, tendo em vista ser um direito de todo trabalhador”.
> Confira a seguir trechos da decisão!
