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Acidente em Minas: Delegado afirma que motorista pode ser condenado por homicídio culposo

O delegado informou que a Polícia Civil já fez a solicitação ao Hospital Municipal de Betim para mostrarem os resultados de exames toxicológicos e de alcoolemia feitos no motorista do ônibus. Caso os exames caminhem nesse sentido, ele pode responder por homicídio culposo.(RODNEY COSTA/ZIMEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO)

Nesta quinta-feira (24), o delegado Helton Cota Lopes, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), concedeu entrevista coletiva para discorrer a respeito do acidente…

Nesta quinta-feira (24), o delegado Helton Cota Lopes, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), concedeu entrevista coletiva para discorrer a respeito do acidente com um ônibus que deixou sete torcedores do Corinthians mortos no último domingo (20).

Segundo Helton Cota Lopes, a perícia já constatou preliminarmente que houve uma falha no sistema de freios do ônibus que transportava, os cerca de 43 torcedores. Além disso, outras irregularidades foram constatadas: ausência de autorização da ANTT para viagens interestaduais, pneus desgastados, ausência de cintos de seguranças em algumas poltronas e a irregularidade no tacógrafo.

O delegado informou que a Polícia Civil já fez a solicitação ao Hospital Municipal de Betim para mostrarem os resultados de exames toxicológicos e de alcoolemia feitos no motorista do ônibus. Caso os exames caminhem nesse sentido, ele pode responder por homicídio culposo.

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“É perfeitamente possível para o delegado entender que, de fato, houve uma prática do motorista, que é proprietário da empresa, dos crimes do código de trânsito brasileiro, lesões corporais culposas e homicídios culposos. Sejam eles na modalidade da imperícia ou da negligência por parte deste motorista. Ele [motorista] pode responder criminalmente por essas penas, com causa de aumento de pena porque houve transporte de passageiros. A empresa pode receber sanções administrativas.”, afirmou Helton Cota Lopes, delegado e chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito.

A investigação ainda conversará com vítimas do acidente que estão em Minas Gerais entre hoje e amanhã, dias (24 e 25). As pessoas que já voltaram para São Paulo estão sendo contactadas juntamente com uma advogada.

Uma perícia mais detalhada será feita com mecânicos experientes para confirmar a falha nos freios e demais irregularidades possíveis, existentes no ônibus.

O acidente aconteceu quando o ônibus passava pela rodovia Fernão Dias, em Minas Gerais, já na madrugada do domingo (20). A bordo, estavam torcedores que assistiram ao jogo entre Cruzeiro e Corinthians, no Mineirão, na noite do sábado (19).

O capotamento aconteceu por volta das 2h50 (de Brasília). Segundo o relato de um sobrevivente ao portal UOL, o motorista chegou a gritar que havia perdido o freio. Após isso, outro ônibus veio de frente, fazendo com que o condutor tivesse que desviar, o que fez com que capotasse quatro vezes.

Segundo os Bombeiros, a PRF e a concessionária Arteris, 43 pessoas estavam dentro do ônibus, contando com o motorista.

Todas as vítimas já foram identificadas. Allan Luiz Sampaio, Hamilton Rogério dos Santos e Wandrey Nicolas Francisco foram os primeiros listados, ainda no IML.

Pouco depois, familiares de Renan Wellington Barbosa e Rodrigo Lacerda de Barros reconheceram os parentes mortos. Por último, Vanderlei Rosielton Henrique Simão e José Antônio da Silva foram os últimos a serem identificados.

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