Em meio a grande temporada, o Botafogo vive dilemas, como qualquer equipe no futebol brasileiro. Com campanha incrível no Brasileirão, com 48 pontos em 20 jogos e melhor primeiro turno da história dos pontos corridos, o Glorioso caminha a passos largos para o título do Brasileirão, competição que não vence desde 1995. Porém, a equipe de Bruno Lage também está na disputa por outra taça: a Copa Sul-Americana.
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É um fato que o desempenho do Botafogo na Sul-americana não é equivalente ao do Brasileirão, isto ocorre antes mesmo do trabalho de Lage. Foi com Luís Castro que a equipe amargou um empate contra o César Vallejo-PER na ultima rodada da fase de grupos e passou em segundo do lugar do grupo A, tendo que disputar os playoffs contra o Patronato-ARG. Foi inclusive contra a equipe argentina que Lage estreiou no comando da equipe, empate em 1 a 1 no Nilton Santos. O desempenho do Botafogo não é bom na competição sul-americana, mas a equipe ainda assim chegou nas quartas de final. Mas a diferença de performance entre as competições não é ocasional e se explica pela priorização do Brasileirão.
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Desde os tempos de Castro que as equipes que vão a campo na Sul-americana são alternativas. Lage somente manteve a política acordada no clube e escalou equipes mistas. Porém, o questionamento para o recém treinador fica por conta da formação utilizada no empate em 1 a 1 da última quarta-feira, contra o Defensa Y Justicia. O escalou a equipe sem a tradicional trinca no meio e com uma linha de quatro na região, Tchê Tchê, único titular do setor em campo, foi escalado no corredor direito, posição que já desempenhou em outras equipes, mas não no Botafogo. Apesar de jogar improvisado, o camisa 6 fez boa partida e deu bela assistência para o gol de Gabriel Pires.
Mesmo assim, as decisões de Lage são questionáveis e o empate pelas quartas de final é de certa forma um reflexo disso. A torcida erra ao vaiar o time e não se mostra de acordo com a política de não priorizar a Sula, mas a diretoria acerta ao priorizar o Brasileirão. Visto que a vantagem para os principais concorrentes ao título é boa e a conquista possível, o Botafogo precisa ter a maioria dos jogadores á disposição. O título do Brasileirão é apenas o começo de um bom projeto de futebol da equipe, basta a torcida ser paciente que os resultados virão.
Caberá a Lage escolher como escalará a partida no jogo de volta na Argentina, na próxima quarta-feira, visto que o Botafogo precisa vencer se quiser se classificar sem ir as cobranças de pênaltis. Antes da partida decisiva na Sul-Americana, o alvinegro carioca recebe o Bahia no domingo (27), às 16h.