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Análise: Mudanças constantes de escalações interferem em rendimento do Flamengo

Sampaoli pede melhorias do gramado do Maracanã após vitória do Flamengo: 'Muito ruim'

Falta de padrão e identidade são sintomas do segundo semestre do Rubro-Negro

Foto: ALEXANDRE LOUREIRO | AFP via Getty Images

Jorge Sampaoli já deixou bem claro desde a sua chegada ao Ninho do Urubu que o Flamengo não tem um único time titular. Em pouco mais de quatro meses no comando da equipe carioca, o treinador argentino não repetiu nenhuma escalação: são 34 partidas e 34 formações diferentes, o que ajuda a explicar o momento de instabilidade vivido pelo Rubro-Negro.

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É claro que o farto rodízio é apenas um dos ingredientes do cardápio até então fracassado do Flamengo em 2023. Os episódios de agressão e o jeito frio de Sampaoli com os jogadores na rotina, também corroboram para a queda de rendimento. Mas analisando o futebol apresentado dentro das quatro linhas, é notório a ausência de padrão e constância.

A filosofia do treinador argentino vai totalmente na contramão de trabalhos que obtiveram sucesso à frente do elenco rubro-negro, como os de Jorge Jesus e de Dorival Júnior. Em ambos, a formação do goleiro ao atacante era decorada de cor e salteado pela torcida. Hoje, além de não ter um time titular, o Flamengo não possui um estilo, uma identidade, muito pelo contrário.

Nunca se sabe com qual postura o time de Sampaoli vai entrar em campo. Não há uma definição sobre marcar pressão, como foi na Copa do Brasil contra o Fluminense, ou esperar o adversário ter a iniciativa, da maneira que atuou diante do Atlético-MG e do Olimpia, no Paraguai. As vezes, conta com dois homens de meio campo, outra hora, três. E por aí vai.

Em alguns momentos, Filipe Luís assumiu a titularidade e teve maior responsabilidade na criação por dentro. Em outro momento, Ayrton Lucas saiu jogando e o Flamengo ganhava amplitude pelas pontas. E Bruno Henrique? Joga aberto pela esquerda ou atua mais encostado em Gabigol no 4-4-2? São algumas das dúvidas que perpetuam na cabeça do flamenguista.

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Assim como há uma indefinição no parceiro de Léo Pereira na zaga, há também na companhia de Erick Pulgar no meio campo. Por ali, Thiago Maia, Allan, Gerson e Victor Hugo já foram testados, mas até hoje nenhum se firmou na posição. Além do zagueiro e do volante chileno, Matheus Cunha, Wesley, Arrascaeta, Bruno Henrique e Gabigol, também são nomes constantes no time titular.

A escalação que iniciará o clássico contra o Botafogo provavelmente será a 35ª de Sampaoli em 35 jogos. Isso porque, Arrascaeta e Luiz Araújo tiveram lesões confirmadas na coxa e são desfalques certos para o embate do fim de semana. Apesar da variabilidade de formações, é possível imaginar um Flamengo com: Matheus Cunha; Wesley, Fabrício Bruno, Léo Pereira e Ayrton Lucas (Filipe Luís); Pulgar e Thiago Maia (Allan ou Victor Hugo); Gerson, Everton Ribeiro, Bruno Henrique e Gabigol.

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