Um episódio viralizou nas redes sociais antes do jogo entre Fluminense e Internacional, no Maracanã. Um torcedor tricolor filmou o momento em que um homem no setor de visitantes aparece usando uma máscara de macaco e gesticulando em direção aos rivais. Diferentemente de outros casos, recorrentes em estádio, este não reflete um ato racista. Em vez disso, remete à tradição da equipe gaúcha, cuja história envolve a identificação como clube do povo e de inclusão racial.
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À época, os irmãos Poppe, de origem italiana, buscavam um clube gaúcho onde pudessem praticar esportes, em especial o futebol. Rodaram por vários deles e, por conta de sua origem, não foram aceitos. Decidiram, então, inaugurar uma agremiação que abrisse as portas a pessoas de qualquer nacionalidade.
Esse DNA inclusivo permaneceu uma marca do Internacional e, além da nacionalidade, engloba as pluralidades raciais e socioeconômicas. Daí o orgulho em bradar a alcunha de Clube do Povo. Além do macaco, o Saci-Pererê também é mascote do Inter.
O motorista de van Daniel Araújo, de 40 anos, conta que estava no setor Leste Superior, ao lado do setor Norte Superior, espaço para a torcida visitante, quando registrou o momento. Ele alega que o colorado, além da máscara, fazia gestos racistas — o que não pode ser identificado nas imagens disponíveis. Diz ainda que mostrou o vídeo a autoridades na arquibancada
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Depois do empate em 2 a 2 no Maracanã, na última quarta-feira (27), o Internacional vai decidir a vaga na final em casa. Quem vencer a partida, encara Boca Juniors ou Palmeiras na final da Copa Libertadores, que acontecerá no dia 4 de novembro, no Maracanã.