O Fluminense de Fernando Diniz está na final da Copa Libertadores, e não faltou emoção no jogo decisivo no Beira-Rio nesta quarta-feira. Com falha defensiva antes dos 10 minutos de jogo, o Internacional abriu o placar em escanteio cobrado por Alan Patrick e cabeceio de Gabriel Mercado e o tricolor não conseguiu agredir o colorado na primeira etapa.
Porém, o segundo tempo foi diferente. O Fluminense dominou a etapa complementar, mas não conseguia gerar perigo ao Inter. Aos 81 minutos os ares mudaram, e o responsável tem nome: John Kennedy. O garoto, importantíssimo no mata-mata, recebeu passe de Germán Cano em profundidade e cavou o goleiro Rochet, empatando a partida. Ganhou elogios de Diniz:
– Esse menino é um grande vencedor, está se tornando um homem cada vez mais íntegro. Cada vez mais bonito. O futebol perde a rodo talentos como esse no Brasil. Espero de todo o meu coração que ele consiga ter cada vez mais os pés no chão. Pés do tamanho do talento dele. Merece todos os elogios, todos os aplausos. Não é fácil ter a vida que ele teve e se tornar o que está se tornando.
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Durante a coletiva, o treinador também creditou a heroica classificação a todo o grupo, após Marcelo dizer em entrevista pós-jogo que a “culpa” era toda de Diniz:
– Agradeço as palavras do Marcelo, mas a classificação teve muitos culpados. Os jogadores foram brilhantes durante todo o campeonato. Especialmente nos jogos que tivemos um a menos, como contra o Argentinos Juniors. Na semana passada contra o Internacional. Eles mostraram a grandeza. Aqui hoje também. Tivemos dificuldades, saímos perdendo num gol de bola parada, tivemos coragem. Foi uma vitória extremamente justa, da união, da coragem. Vitória da convivência. Um time que sabe viver junto. É um time de grandes campeões, de grandes homens. Não é um time de senior. É um time de grandes homens. O Inter tem um grande técnico, grande time, grande torcida. Na final, vamos ter 50% de chances como o nosso adversário. Como Boca Juniors ou Palmeiras. Claro que jogar no seu estádio ajuda, mas não determina. Mostramos isso no Beira-Rio. Vamos curtir, mas não muito porque domingo tem clássico.
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Em pergunta sobre sentimento em relação ao Flu, Fernando Diniz afirmou que tinha convicção de que voltaria ao clube após saída em 2019.
– Quando saí daqui, senti que uma hora ia acabar voltando e voltei. Sinto que estou construindo uma história cada vez mais bonita. Não acho que terminou, se não ia embora amanhã. Independentemente do adversário que a gente tiver, será tarimbado, dificil, para ser campeão da Libertadores. Agora é se preparar para o jogo do fim de semana.
Confira outras partes da coletiva do treinador:
Dificuldade do confronto
– O Inter tinha muitas armas. Jogar aqui é difícil. Eles começaram muito ajustados. No segundo tempo fomos melhor e buscamos o resultado. Tenho muito respeito pela instituição e pelo time. O treinador (Coudet) é muito qualificado.
Relações humanas
– Relações são fundamentais sempre. Não é só pra ganhar o jogo. Temos que estabecê-las com mais profundidade, mais vínculo. Vai ser sempre um pilar central do meu trabalho. Não é só porque ganhamos o jogo. Poderia ter perdido. O Fábio também não mereceria. Hoje foi uma vitória muito merecida. É uma pessoa com quem a gente aprende todo dia.