Na noite desta segunda-feira (06), Cuiabá e Santos se enfrentaram em partida válida pela 32° rodada do Campeonato Brasileiro. A Vila Belmiro foi o palco do confronto, o qual marcou o empate entre as equipes Mato-Grossense e Paulista por 0 a 0. Ainda, o resultado não favorece nenhum dos dois times, que brigam pela permanência na elite do torneio nacional.
Em entrevista coletiva após a partida, António Oliveira, técnico do Cuiabá, analisou o confronto e demonstrou indignação com a arbitragem da partida. Na primeira etapa, Deyverson foi derrubado dentro da área adversária, cujo lance foi revisado pelo árbitro de vídeo mas não foi marcada a penalidade.
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— É evidente que nós queríamos somar os 3 pontos, tivemos oportunidades mais que o suficiente para isso. É observado que a expectativa de gol do adversário foi 0.08, basicamente inexistente. Dentro daquilo que foi o plano estratégico meus jogadores foram exemplares. Foi um jogo seguro, sereno, de caráter e de personalidade. É notória a situação do Clayson na primeira parte, a outra com o Derik na segunda, essa é a nossa responsabilidade. Eu como treinador sempre tenho que justificar.
Contudo, eu não consigo entender o que está acontecendo. Como não se marca um pênalti daqueles. Não sei se iria ser gol ou não mas no jogo anterior foi assinalado impedimento pelo uso incorreto da câmera (VAR), então isso é surreal. Nós desfrutamos de alta tecnologia, não estamos na várzea. É uma competição bastante conceituada que passa em todo o mundo. Portanto, o próprio Joaquim que faz o pênalti, é notória a expressão dele quando cai, que sabe o que fez. No final do jogo ele mesmo admite claramente que foi pênalti. Não sei como é possível que nem indo ao VAR é marcada a penalidade. Então, é inacreditável o que aconteceu aqui. E, eu gostaria que alguém me justificasse isso, pois acabo transmitindo a imagem de “mimimi”. Sei da difícil função do árbitro, mas já falei aos meus jogadores que irei defendê-los até o último segundo do campeonato.
É evidente que são situações que não conseguimos controlar, porque a única coisa que conseguimos controlar é o nosso jogo, a nossa forma de jogar. Entretanto, a 7 jogos do fim, agora 6, não sei o que está acontecendo. Gostaria de alguma explicação sobre o motivo de não marcar o pênalti, quando é inegável que foi pênalti. O jogador diz que foi pênalti, todos dizem, seja em Portugal, na China, em Bangladesh, na Antártida ou em Marte. Então, o que está acontecendo?
Claro que estamos sujeitos ao erro, mas há uma tecnologia que permite a revisão ou o auxílio para tomar a melhor decisão. É inacreditável o que aconteceu aqui. Sempre prefiro acreditar que as pessoas agem de boa fé. Porém, erros repetitivos não consigo conceber. Acabaram de prejudicar um clube, uma cidade, um estado, que merece respeito. Além dos seus torcedores que ficaram no Mato Grosso, outros que vieram e também sofrem pelo clube, que merecem respeito e hoje o Cuiabá não foi respeitado – proferiu António Oliveira.
Ainda, o técnico do Cuiabá exaltou a atuação e campanha conquistada ao longo do campeonato por sua equipe e reforçou a importância de seguirem da mesma forma.
— Foi uma atuação sólida, uma imagem daquilo que os jogadores tem apresentado durante a competição, um torneio extraordinário. Já alcançamos a marca do ano passado, 41 pontos, agora temos essa pontuação a 6 jogos do fim. Então, o que os jogadores tem feito é extraordinário, nos enche de orgulho. E, estar na posição que estamos nessa altura do campeonato, em que há muitos tubarões e muitos deles desesperados, acaba por desfrutar de uma posição desacreditada por algumas pessoas. Mas, temos que lutar, trabalhar, correr e competir muito durante esses 6 jogos restantes. Contudo, traz um orgulho imenso os feitos nesse campeonato. Além disso, sempre falo para eles não desperdiçarem a oportunidade, o caminho ou o trabalho de extrema qualidade que vem sendo feito até o momento e façam valer o esforço de forma a justificar a posição que ocupam.
Hoje, novamente, foram fantásticos, muito sólidos do ponto de vista coletivo, seja ofensivo ou defensivo. Retiramos os espaços, os jogadores mais importantes do adversário, mais determinantes na estratégia do Santos, como o Marcos (Leonardo) ou o Yeferson (Soteldo). Conseguimos minar esses espaços e dentro das transições de ataque termos as nossas oportunidades. Não me recordo de nenhuma chance clara de gol do Santos. E, acabamos que nós tivemos com o Clayson e o Derik (Lacerda). O Derik acaba por ter o gol da vitória nos pés, mas faz parte. Nesse caso somos nós que erramos e capazes de controlar pelo treino – declarou o comandante Auriverde.
A equipe de António Oliveira volta a atuar na quinta-feira (09), em confronto direto contra o Bahia. O Cuiabá vai a Salvador buscar a continuidade dos resultados favoráveis, além de tentar encaminhar a permanência na elite do futebol brasileiro.