Coritiba

Opinião: Dispensa de Henrique é a prova de que a SAF não mudou nada no Coritiba

Henrique deixa o Coritiba - Foto: Divulgação/Coritiba
Foto: Divulgação/Coritiba

No mês de junho de 2023 o passo mais revolucionário na história do Coritiba foi dada com a venda de 90% do clube para a Treecorp e sendo assim iniciada a SAF no Couto Pereira. Com essa nova etapa iniciada, muita esperança foi plantada no Alto da Glória, entretanto passados seis meses, a torcida alviverde vê comprovado que nada mudou.

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Neste último final de semana, o Coritiba teve selado seu sétimo rebaixamento para a Série B, com isso se tornou a equipe mais rebaixada ao lado do América-MG, ambas com sete. Apesar da queda para a segunda divisão não surpreender grande parte da torcida do Coxa, as decisões que vem sendo tomada para o planejamento de 2024 nos últimos dias comprovam que a SAF, que é comandada por uma empresa com zero experiência no mundo do futebol, é incompetente igual as últimas diretorias do clube alviverde.

Miguel Schincariol/Getty Images

Após a derrota contra o Fluminense, o diretor executivo do futebol, Artur Moraes, deu um discurso completamente sem emoção e pouquíssimo explicativo, deixando assim as explicações para segunda, quando Carlos Amodeo, CEO do clube, concedeu coletiva. Durante mais de uma hora de conversa, o dirigente lamentou o rebaixamento, deu desculpas sobre vários tópicos, assumiu poucos erros e não convenceu a torcida alviverde, que nos últimos anos se vê desesperada por um pouco de verdade por parte da sua diretoria.

A grande prova de que as coisas claramente não mudaram e o Coritiba aparentemente vive um ciclo sem fim de incompetência e falta de clareza vieram nesta última quarta. O Coxa confirmou a dispensa de cinco jogadores, são eles: Boschilia, Lucas Barbosa, Samaris, Jesé e Henrique. Os dois primeiros nomes provam mais uma vez que o Verdão segue aceitando apostar em jogadores que estavam encostados nos seus antigos clubes ao invés de apostar em uma base que vem dando muitos frutos em anos recentes, com títulos seguidos de Paranaense e Copa do Brasil.

Na sequência, as contratações de “Modo Carreira” do Coritiba mostraram com evidências claras o quão desesperada a SAF estava para tentar convencer a torcida alviverde que o trabalho estava sendo feito, porém o primeiro jogo do grego e a falta de comprometimento do espanhol nas suas atuações ficou óbvio que as contratações de 2023, em grande maioria, foram todas feitas com falta de scout e entendimento do que o Coxa precisava.

Buda Mendes/Getty Images

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Para finalizar a lista de dispensa, um jogador que foi formado no Coritiba e muito jovem foi vendido para trilhar sua carreira na Europa, defender a Seleção e depois de 14 anos retornou para defender o clube do seu coração, Henrique caminhava para uma aposentadoria honrosa e onde teria o reconhecimento da torcida alviverde apesar dos problemas recentes, mas mais uma vez a SAF provou entender de que não liga ou se importa para o que acontece no clube que eles comandam e decidiu que se seria melhor dispensar um atleta com história no clube, algo parecido como foi feito em 2022, pela diretoria antiga, com o meia Rafinha.

Apesar de na Série B de 2024, o Coritiba chegar como um dos grandes favoritos para o acesso, a SAF e os dirigentes envolvidos precisaram montar um planejamento que respeite a instituição e entenda a dificuldade da competição, pois caso contrário o passo revolucionário da história do Coxa pode se tornar no seu maior pesadelo.

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