O Botafogo foi derrotado por 2×1 pelo Internacional, no Beira-Rio, em partida válida pela 25ª rodada do Campeonato Brasileiro. No entanto, apesar de mais uma derrota, o Glorioso apresentou um outro futebol – principalmente quando comparamos com o jogo contra o São Paulo.
Recuperado da Covid-19, Eduardo Barroca comandou o Botafogo nesta partida contra o Internacional. Um dia antes da partida, o técnico do alvinegro destacou que a equipe deveria dar uma resposta imediata dentro de campo – e foi exatamente isso o que aconteceu.
– Com muita dedicação, com organização, com entrega, com empenho, com mudança de hábito que a gente precisa em curto prazo. E como eu falei anteriormente, eu vou ser a figura junto e ao lado dos jogadores para cobrar essa mudança de atitude. – disse Barroca.
O Botafogo não lembrava em nada a equipe que foi massacrado e goleado pelo líder São Paulo. Neste sábado, o Glorioso, algumas vezes, subiu a linha de marcação e buscou o gol com mais intensidade. Aliás, o gol de Pedro Raul é símbolo desta intensidade apresentada em campo.
O lance se inicia num erro de Bruno Nazário, que dá um passe ruim e curto para José Welison. Inicialmente, a bola sobrou para Patrick, do Internacional, mas José Welison não desiste da jogada, consegue o desarme, levanta a cabeça e cruza na cabeça de Pedro Raul para abrir o placar.
Botafogo apresenta dificuldade de segurar o resultado
Ao longo de toda a competição, o Botafogo apresenta um problema muito grave: a equipe simplesmente não consegue segurar o resultado. Nas partidas contra o Flamengo, Corinthians, Athletico-PR, Atlético-MG e São Paulo, o Glorioso sofreu um gol nos minutos finais da partida.
No caso dos três primeiros times citados acima, o gol sofrido nos últimos minutos custaram a vitória do Alvinegro carioca. Logo, só com Flamengo, Corinthians, Athletico-PR, o Botafogo perdeu seis pontos – com estes pontos, o clube estaria fora do Z4.
O Botafogo também saiu na frente no empate diante do Atlético-GO, porém, mais uma vez, deixou a vitória escapar. O jogo foi tão doloroso para o torcedor, principalmente, porque Luiz Otávio teve uma chance cara a cara com o goleiro Jean, mas chutou para fora.
O empate contra o Ceará também é um episódio doloroso. O Botafogo ganhava por 2×1 e teve um pênalti a seu favor, o que deixaria o placar em 3×1. O alvinegro não só desperdiçou a penalidade, como também sofreu o gol de empate logo no começo do segundo tempo.
Botafogo é pressionado no lance seguinte ao gol
Diante do Internacional, o Botafogo apresentou essa dificuldade. Após abrir o placar, no lance seguinte, a equipe de General Severiano levou uma bola na trave – ou seja, os Colorados quase empataram a partida.
O mesmo já havia acontecido na partida diante do Red Bull Bragantino. Matheus Babi abriu o placar para o Botafogo, mas, no lance seguinte, a equipe paulista conseguiu o empate. Aliás, na jogada que resultou o empate, os atletas do Glorioso ficaram olhando os jogadores do Bragantino trocar passes em direção ao gol. Ademais, quando o Massa Bruta invadia a área, ao menos três jogadores do Glorioso falham no lance.
As vitórias vieram com emoção
O Botafogo venceu apenas três jogos no Brasileirão 2020, mas todas foram pelo placar apertado de 2×1. Além disso, em todas, a equipe carioca abriu 2×0 e só depois sofreu o chamado gol de honra.
Diante do Atlético-MG, foi menos mal. O Galo descontou já nos acréscimos e não teve tempo para pensar em reação.
Diante do Palmeiras, teve muita emoção. O Botafogo não só sofreu o gol de 2×1, quando administrava a partida, mas também cometeu um pênalti infantil. No entanto, para alegria dos botafoguenses, Cavalieri defendeu a cobrança de Willian e garantiu a vitória.
Diante do Sport, teve muita emoção também. Rafael Forster foi expulso após dar uma solada no jogador do Leão – o lance foi tão bizarro que a solada surgiu de um passe, no qual o zagueiro continuou o movimento e acertou o adversário. Minutos depois, o rubro negro foi pra cima e conseguiu o gol de 2×1. No decorrer da partida ainda houve um lance polêmico e o VAR foi acionado para analisar um possível pênalti de mão de Rhuan na bola. Contudo, o árbitro não interpretou como falta e deu apenas escanteio.
Conclusão
O Botafogo mostrou um time mais determinado e com vontade de vencer. Apesar da falha bisonha de Kevin, o Alvinegro foi para frente e poderia ter empatado a partida. No entanto, para voltar a vencer jogos e permanecer na Série A, o Glorioso precisa aprender a jogar com a vantagem no placar.