Após a derrota por 2 a 1 para o Internacional, pela 25ª rodada do brasileirão, na noite de hoje (12/12), em Porto Alegre, o gerente de futebol Túlio Lustosa concedeu uma entrevista coletiva ainda no estádio do Beira-Rio.
Túlio começou a entrevista se desculpando e justificando a ausência do treinador Eduardo Barroca e a importância de sua presença, como gerente de futebol, na coletiva, por conta dos dois lances polêmicos ocorridos na partida. Logo em seguida, parabenizou a atitude dos jogadores do Botafogo e ressaltou o comprometimento, muito diferente dos outros jogos que, segundo ele, mostra que os jogadores vão mudar a atual situação do clube na tabela. A seguir falou sobre os dois lances em que o Bota teria sido prejudicado:
SOBRE O LANCE DA MÃO NA BOLA DO RODINEI
– Primeiro, o lance do Rodinei, que pra quem entende de futebol, sabe que aquilo ali era lance passível de cartão amarelo. O Rodinei evita uma jogada promissora nossa porque quando o atleta está pressionado por três adversários e consegue sair dessa pressão, claramente ele vai inverter a jogada pelo outro lado e vai pegar o adversário de surpresa. Então era uma lance promissor de gol e o Rodinei acintosamente coloca a mão na bola, tava ‘amarelado’, era o segundo cartão amarelo. E o próprio Rodinei reconheceu isso pro Barroca na descida pro vestiário. E o Abel, inteligentemente, substituiu o Rodinei no intervalo porque sabia que o árbitro voltaria pressionado por esse lance e poderia expulsar o Rodinei no segundo tempo.
SOBRE O OUTRO LANCE POLÊMICO ENVOLVENDO O LATERAL KEVIN
– O outro, a jogada que resultou no segundo gol do Internacional, que o nosso lateral-direito Kevin, ao tocar a bola, ele não reiniciou a partida. O gesto corporal dele deixa muito claro isso. Ele toca a bola pra trás, sem direção nenhuma, pra nenhum dos nossos atletas. Então, o gesto corporal dele de virar depois que dá esse toque pra trás, mostra claramente que ele não reiniciou a partida. Esse é o primeiro fato. O segundo, que é mais grave, é que estava fora do local da cobrança da falta. E o próprio árbitro, em outras oportunidades, mandou voltar o lance por causa, exatamente, do local da cobrança falta. Eu coloco até uma situação hipotética aqui: se o Kevin, do local que a bola estava, fizesse um lançamento pro nosso atacante e o nosso atacante saísse na cara do gol, o sr. Caio Max, com certeza, voltaria o lance porque a bola estava fora do local da cobrança.
Túlio também falou sobre a mudança de postura nesse jogo contra o Inter:
– Contra o São Paulo não foi simplesmente o fato de ter perdido o jogo que desagradou todo mundo. Desagradou a torcida, a diretoria, os próprios atletas e comissão técnica. Foi a postura da equipe, a falta de atitude que teve. E aí, essa semana nós demos ênfase nisso. E saiu um pacto, um compromisso dos atletas de mudarem essa postura, mudarem a atitude, e cumpriram. Cumpriram o pacto nesse jogo contra o Internacional. O time teve uma postura completamente diferente, jogou melhor do que o adversário, sabendo das dificuldades. Um adversário que está vindo de dois grandes jogos contra o Boca Juniors, apesar da eliminação, foi superior do que o adversário, mas hoje nós fomos superiores à eles. E a atitude, o compromisso e o comportamento dos atletas no jogo foi sim louvável e foi digno do nosso torcedor retomar a esperança e a gente sair dessa situação.
