O Palmeiras venceu o Red Bull Bragantino por 1 a 0, neste domingo (27), no Allianz Parque, com gol de Luiz Adriano. Após a vitória, o técnico do Palmeiras, Abel Ferreira, em entrevista coletiva ao canal do clube, se queixou da enorme sequência de jogos do time, dos desfalques no elenco, por conta de lesões, e fez elogios ao Massa Bruta, adversário da partida de hoje.
ESCALAÇÃO MODIFICIADA E SEM TEMPO PARA TREINAR
O Palmeiras entrou com oito mudanças em campo em relação ao time que enfrentou o América-MG na última quarta-feira (23), pela semifinal da Copa do Brasil. De acordo com o treinador português, as mudanças na equipe foram feitas pensando no jogo de hoje e com elenco que a comissão tem disponível no momento:
“As mudanças foram pensando no melhor para esse jogo. Felizmente estamos em todas as competições, e, infelizmente, estamos perdendo muitos jogadores por isso. Agora perdemos o Mayke e o Zé Rafael, já tínhamos perdidos o Ramires e o Felipe Melo. Não é fácil trocar a equipe constantemente e manter a dinâmica. Nós temos dois dias para preparar o jogo, o nosso adversário, por exemplo, tem uma semana inteira. Mas cumprimos nosso papel, isso que é o mais importante. Hoje foi preciso usar o perfume do suor, às vezes temos que usar o perfume que cheira bem. Continuamos na luta”, destacou o técnico alviverde.
Abel Ferreira ainda reclamou do calendário do futebol brasileiro:
“Desde que eu cheguei, não temos tempo para treinar. Não consigo treinar, fazer exercícios. Única forma que eu tenho é treino tático específico, parado e audiovisual. É assim que eu treino agora, não há outra forma. Eu tenho que recuperar os jogadores. Não da para jogar de dois em dois dias. Acho que somos a única equipe do Brasil que joga de dois em dois dias. E isso tem riscos. Estamos no redline, no risco da lesão. Mas não há outra forma de fazer em função do contexto. Não só da densidade competitiva, mas pelo contexto do coronavírus”, falou na entrevista coletiva.
MAIS UMA VITÓRIA NO CAMPEONATO
Entretanto, o técnico Abel Ferreira ressaltou que, apesar dos obstáculos e da queda de rendimento, o mais importante no futebol, e no Campeonato Brasileiro, é a eficácia:
“Temos tido muitos obstáculos. Desde que eu cheguei, não tive todo o elenco a minha disposição. Hoje jogou o Luiz (Adriano) e o Patrick (de Paula), mas deixamos três de fora, o Rony, o Zé Rafael e o Mayke. Temos que gerir isso, não há milagres. Volto a dizer por boas razões, cumprimos nosso papel hoje, como equipe grande que somos e faturamos mais três pontos. Com muitos obstáculos, mas com união e com esforço. A rapaziada, quando dá para jogar bem, joga. Podemos melhorar nossa agressividade ofensiva, mas hoje fomos altamente eficazes, o que não fomos no último jogo em casa. O futebol é eficácia. No futuro, o que as pessoas vão lembrar, porque o futebol é cruel, são os três pontos”, argumentou o técnico.
ELOGIOS AO RED BULL BRAGANTINO
Quando questionado do desempenho ruim da equipe, o treinador português reconheceu a piora, mas rasgou elogios ao Red Bull Bragantino:
“Não jogamos sozinhos. É verdade que não foi nosso melhor jogo em termos de criatividade, fluidez e construção de jogadas ofensivas. Muitas vezes esquecemos de colocar o nosso adversário na equação. Eles nos estudam, sabe a quantidade de jogos que temos, chegaram aqui e fizeram uma pressão muito forte para não nos deixar sair jogando porque sabiam que, em determinado momento, a capacidade física ia fazer a diferença. Enfrentamos um adversário com muita qualidade, não sei como essa equipe só está em 13º lugar”, completou Abel Ferreira.
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