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Abel Ferreira reconhece superioridade de América-MG contra o Palmeiras, mas questiona desempenho de Vuaden: “Não podemos ter uma arbitragem amadora”

FOTO: DIVULGAÇÃO/PALMEIRAS/CESAR GRECO

Após a derrota por 2 a 1 para o América-MG nesta quarta-feira (6), o treinador do Palmeiras, Abel Ferreira, concedeu entrevista coletiva ao canal oficial do clube no Youtube. Ainda no Independência, o português fez críticas à arbitragem da partida, elogiou a equipe mineira e falou sobre o estilo de jogo do seu time.

CRÍTICAS À ARBITRAGEM DE VUADEN

O VAR (árbitro de vidro) foi um dos protagonistas da partida dessa quarta-feira. Durante o jogo, o árbitro Leandro Vuaden foi chamado para analisar três momentos: o lance do gol do Rony, que foi validado; e dois pênaltis para o América-MG, ambos assinalados. Entretanto, aos quatro minutos da segunda etapa, o autor do gol palmeirense iria sair frente a frente do goleiro adversário e foi parado por uma falta de Eduardo Bauermann, que recebeu um cartão amarelo. O VAR não chamou Vuaden para analisar a jogada. E esse foi o lance que gerou a revolta no técnico do Palmeiras:

– Infelizmente, o VAR conseguiu ver pênaltis com esse árbitro que já é a terceira vez que nos apita. Não tenho nada contra ele, mas desejo que ele não apite mais jogos do Palmeiras. Contra o São Paulo, não viu um pênalti claro no Luiz Adriano. E hoje um vermelho direto, que tinha que ser vermelho para o homem que fez falta no Rony. Tudo isso condiciona o resultado. Temos que melhorar sim, mas há fatores que influenciam no resultado final. Há muita coisa em jogo e não podemos ter uma arbitragem amadora quando somos todos profissionais. É um conselho que eu dou, a arbitragem deve viver única e exclusivamente do futebol – falou o português.

– Há fatores que os jogadores e o treinador não controlam e condicionam o resultado. Urge a arbitragem ser profissional, e não amadora, se queremos melhorar o futebol brasileiro – completou.

ELOGIOS AO AMÉRICA-MG

Apesar disso, Abel Ferreira reconheceu a partida ruim feita pelo Palmeiras e a superioridade do América Mineiro no Independência:

– Temos que reconhecer que não fizemos um bom jogo, nosso adversário teve a capacidade e, com a bola, serem mais confiantes e corajosos. Não tivemos a capacidade de impor nosso jogo porque o Palmeiras não se resume só em transitar – disse o treinador alviverde.

– Só conheço uma forma de melhorar: treinar. Temos que o fazer. Jogamos, na minha opinião, contra uma boa equipe e que vinha de uma fase boa de resultados. Uma equipe que fez aqui o que poderíamos fazer com bola, mas não tivemos capacidade – contou o técnico.

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FORMA DE JOGAR DO PALMEIRAS

Depois da partida, o torcedor do Verdão criticou, na internet, a atitude e a forma como o time jogou em Belo Horizonte. Em números, o América-MG teve 61% de posse de bola contra 39 do Palmeiras e 27 finalizações contra 14 do clube paulista. Abel reconheceu que há espaço para melhora, mas defendeu o time da fama de ser muito reativo:

– O jogo divide-se em dois momentos pra mim: com e sem bola. Com bola, como somos Palmeiras, temos que assumir, jogar e não nos escondermos do jogo. Isso nós temos que melhorar, é verdade. Não somos uma equipe reativa. Agora, quando temos que defender, sim, queremos defender e contra atacar – comentou o português.

– Não sou que escolho a forma de jogar. São as características dos nosso jogadores que a partir daí eu escolho a forma. Eu não digo para os jogadores para jogarmos em transição. Digo para, quando não temos a bola, defender. Mas quando temos, nunca abdicar da bola, de ser protagonista e de atacar. Há muito espaço para melhorar e vamos. Nunca enganei ninguém. Preferíamos ter ganho o jogo, queríamos os três pontos, mas hoje não foi possível. Assumo minha responsabilidade com a equipe. Mas, na minha opinião, há um lance que determina o resultado final do jogo – finalizou o comandante do Palmeiras.

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