O Palmeiras enfrenta o Al Ahly, do Egito, pela disputa de 3º e 4º lugar, nesta quinta-feira, às 12h no Catar.
Abel Ferreira participou de coletiva na manhã desta quarta (10) e rebateu críticas sobre o futebol do Palmeiras, além de falar dos objetivos do Verdão.
Perguntado se o time será de mais toque de bola na partida contra o Al Ahly, ele disse:
– Uma coisa é o que queremos fazer e outra é o que o adversário nos deixa fazer. Vocês nunca colocam na equação o adversário. Falam que temos que fazer isso, pressionar alto, assumir o controle… Nunca o adversário está na ação.
Abel usou o Liverpool de Klopp como comparação, assim como a fase ruim do rival Manchester City, de Pep Guardiola:
– O treinador é o mesmo, os jogadores os mesmos são, estão há sete jogos sem ganhar. Se fosse no Brasil, o que ia acontecer? O City começou mal essa época, com o mesmo técnico, mesmo elenco, investimentos brutais, começou mal e está bem. Temos que perceber que não há treinador ou técnico que não jogue para ganhar. Gostamos de ter a bola, mas há jogos em que o rival proporciona mais transições, o adversário pode ter mais posse e nos obriga a tentar roubar para ser vertical. Isso tem a ver com a forma como o adversário ataca. Se tenho um adversário que pressiona muito, logo nosso jogo será um pouco mais nervoso. Mas há outros que esperam mais, não fazem tanta pressão, então temos tempo para trocar a bola. A estratégia deles é esperar e contra-atacar. Vocês têm que colocar na equação o adversário, onde está o mérito deles e o demérito do Palmeiras.
Abel falou também sobre o jogo e a disputa pelo 3º lugar do Mundial. Não eram os objetivos do Palmeiras, segundo ele, mas ao mesmo tempo o treinador não menosprezou o próximo confronto:
– A mim, sempre ensinaram que é melhor ficar à frente do que atrás. Vamos lutar pelo terceiro lugar. Não era o que queríamos, mas é pelo que lutamos.
O português também sinalizou que o time deve ter mudanças para a partida desta quinta.
– Tivemos nove jogos em dezembro, dez em janeiro, dez em fevereiro, portanto nestes jogos eu acho que raras as vezes eu repeti o mesmo time. Para mim, a constância é a mudança. Portanto, seguramente podemos esperar (mudanças), não muitas trocas, pode ser uma ou duas em cada setor, é o que temos feito até aqui.
Abel não deu, entretanto, sinais de quem deve sair e entrar na equipe. Os nomes que mais vêm saindo do banco de reservas, ou compondo times alternativos são de Patrick de Paula, Willian, Empereur, Emerson Santos e também Gustavo Scarpa.
O Palmeiras teve ainda hoje pela manhã um último treino antes da partida contra o Al Ahly, no complexo ao lado do hotel onde o time está hospedado em Doha.