Na manhã deste sábado (17), membros de torcidas organizadas do Santos se manifestaram fora do Centro de Treinamento Rei Pelé, em meio à crise vivida dentro e fora das quatro linhas. Entre as exigências e reclamações, os principais alvos foram os jogadores, o presidente Andrés Rueda e o Comitê de Gestão do clube. Além de caixões e xingamentos, o mais inesperado foi a proposta de 11 torcedores uniformizados para disputa de uma partida contra o elenco profissional do Peixe. A ideia foi recusada pela comissão técnica. Declarações como “O clube vai ser vendido, e quando for já era pra nós” e “Nesse circo de horror, o palhaço é o torcedor”, ecoaram no local.
As atuações no campo têm sido negativas. A campanha de 4 pontos em 5 jogos na sul-americana, a posição de 13ª posição com 13 pontos e a sequência de OITO jogos sem vitória, não agradam nem o santista mais otimista. As ideias de jogo impostas por Odair Hellmann são vistas como contra o DNA do Santos e o 47,78% de aproveitamento, balançam cada vez mais o treinador em seu cargo.
Houveram diversas trocas no comando técnico e na maioria dessas transições de trabalhos, o clube teve treinadores com uma visão REATIVA. Exceção foi o Diniz, que é algo totalmente diferente de qualquer outro do futebol atual e esse elenco não tem característica para jogar dessa forma, porque maioria são meninos da base desde 2021. Por esses motivos, a nação santista está preocupada. Quem vai sentar a mesa com a QSI para defender os interesses da Instituição no campo e bola? Vão exigir X investimento na folha salarial e na aquisição de atletas Y, mas se não existir um projeto, onde o dinheiro vai? Só observar o que está acontecendo nas SAF’s espalhadas pelo Brasil.
As últimas janelas comprometeram mais de 100 milhões de reais em investimentos no elenco profissional. Com 50% do passe de Soteldo pago por 3,5 milhões de euros e a obrigação de compra de Daniel Ruiz, que será exercida porque as metas em contrato serão atingidas. A folha de pagamento é baixa em comparação ao top3 por exemplo, mas essa “disparidade” sempre vai existir (enquanto não tiver investimento externo). Sendo considerada insuficiente pelos líderes da torcida para construção de um time competitivo e dizem que a régua de comparação precisa ser o de outras temporadas, onde o plantel foi competitivo com folha até inferior.
Existem projetos e parcerias para o futuro da instituição. Santos e WTorre estão entusiasmados com os primeiros contatos realizados na busca pela venda dos direitos de nome do novo estádio da Vila Belmiro. Diversas empresas de renome demonstraram interesse em negociar a concessão para dar nome ao estádio do Peixe. As conversas entre Santos e Qatar Sports Investments avançaram. O clube está otimista em fechar parceria com o fundo dono do PSG.A ideia é que a QSI seja parceira apenas no departamento de futebol, participando de contratações e negociações, mas sem ter o controle do clube. Andrés Rueda, presidente do Peixe, é totalmente contra a ideia de SAF. QSI seria “sócia” e colocaria um executivo na gestão do clube, para trazer o “Know-how” e profissionalismo para o time da baixada santista.
O Santos volta a campo na próxima quarta-feira (21), às 20h na Vila Belmiro, em busca de uma vitória diante do rival Corinthians no Brasileirão e quebrar a sequência negativa dos últimos jogos. O Clássico Alvinegro será um “divisor de águas” neste momento conturbado da temporada.