Ao contrário da sua primeira passagem, Pato teve um caminho de altos e baixos vestindo a camisa Tricolor pela segunda vez. Menos brilhante, o atacante não atingiu o protagonismo esperado pela torcida e rescindiu com o clube. Com momentos bons e algumas decepções, relembre a segunda passagem de Alexandre Pato pelo Morumbi.
RESCISÃO
Começando pelo final, a rescisão de Pato foi oficialmente publicada no BID da CBF, nesta sexta (21). Em suas redes sociais, o agora, ex-camisa 7, se despediu oficialmente do São Paulo e preferiu manter o tom de agradecimento à instituição, demonstrando gratidão e orgulho por ter vestido a camisa Tricolor:
Contratado em março de 2019 e rodeado de expectativas, o desempenho, porém, não foi equivalente ao investimento e Pato deixa o Tricolor em um dos momentos mais conturbados da história do clube.
O RETORNO
Anunciado em março de 2019, Pato chegava do Tianjin Tianhai, da China, assinando com o Tricolor até dezembro de 2022. A transferência se deu, tecnicamente, de graça, pois o jogador havia pagado do próprio bolso a sua rescisão com a equipe chinesa, avaliada em R$11 milhões. Por isso, o São Paulo desembolsou o mesmo valor, pagando direto ao atleta, para que ele voltasse ao Morumbi.
O retorno começou relativamente bem. De abril até agosto de 2019, o jogador marcou 5 gols, em processo de retomada, depois de 2 anos no futebol chinês. Porém, em setembro, com a chegada de Fernando Diniz, Pato não marcou mais, até o final da competição.
NÚMEROS
Alexandre Pato reestreou na vitória por 2×0 contra o Botafogo, pela primeira rodada do Brasileirão 2019. De lá para cá, permaneceu pouco mais de um ano e meio no Morumbi, atuando em 37 partidas – 30 delas como titular, com 9 gols marcados. Antes da chegada de Diniz, o atacante tinha o número de 5 gols em apenas 4 meses. Após a chegada do técnico, na rodada 22 do Brasileirão 2019, Pato não marcou mais.
O atacante ficou sem balançar as redes de agosto à dezembro de 2019, um verdadeiro jejum e baixa produtividade para um jogador do setor ofensivo. Além da média de gols, que abaixou, a média de partidas, também. Com Diniz, Pato disputou 14 jogos no restante do Campeonato Brasileiro de 2019 – foram 6 como titular e 8 como reserva (7 sem sequer entrar em campo).
O ano de 2019 foi abaixo do que a torcida esperava, com apenas 5 gols marcados e nenhuma assistência. Entretanto, 2020 vinha sendo promissor para o atacante. Antes da parada, os números eram de 4 gols e 2 assistências, atingindo, em apenas 3 meses, a marca de gols produzidos do ano anterior.
DIVISOR DE ÁGUAS
O divisor de águas da carreira de Pato no São Paulo foi a eliminação diante do Mirassol. A derrota fez com que Fernando Diniz sacasse o atacante da equipe titular. Na partida seguinte, o duelo que aconteceria diante do Goiás, Diniz já havia treinado a equipe sem o camisa 7 na composição inicial.
Com todo o imbróglio envolvendo a partida que não aconteceu em Goiânia, o técnico manteve seu esquema tático para as partidas seguintes. Diante do Fortaleza, Pato permaneceu no banco de reservas durante toda a partida. Cenário que se repetiu na rodada seguinte, contra o Vasco.
Até a eliminação no Paulista, Pato só não jogou em uma ocasião, contra o Botafogo-SP, confronto em que o São Paulo poupou os titulares, utilizando a equipe reserva. Por isso, muitas hipóteses foram levantadas sobre a situação de Pato com o comandante Diniz.
ALTOS E BAIXOS
De pontos altos, podemos elencar três momentos nessa segunda passagem de Pato pelo São Paulo. Em primeiro momento, a chegada, com a promessa de que os ótimos momentos de 2015 retornassem. Depois, o início no Brasileiro, em que o São Paulo tinha uma campanha regular e o camisa 7 vinha marcando gols. Por fim, o início de 2020. Antes da parada, Pato engatava uma boa sequência de partidas e atuações regulares. Com gols, até reeditou uma campanha de sucesso para voltar ao visual ‘careca‘, na melhor fase do São Paulo no ano.
Em contrapartida, Pato teve dificuldades de se adaptar ao estilo de jogo de Fernando Diniz. Desde quando chegou na equipe, o técnico optou pelo posicionamento centralizado do atacante, que já atuou nesse setor durante a carreira, porém, se deu melhor jogando pelos lados, assim como em 2015. Além da sequência de jogos no banco ao final de 2019, o jogador foi colocado como segunda, ou até terceira opção nas últimas partidas do Tricolor. Jogadores como Helinho, voltando de lesão e Gonzalo Carneiro, sem jogar há mais de um ano, foram preteridos pelo treinador.
Alexandre Pato, agora livre no mercado, encaminha acerto com o Internacional, clube que o revelou para o futebol. E você, torcedor. Acha que Fernando Diniz tem culpa da saída de Pato?
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