O Santos sofreu mais um revés, agora diante do América, em Belo Horizonte. A equipe de Diniz foi pouco criativa e repetiu padrões já identificados como prejudiciais em jogos anteriores.
O treinador santista optou por não utilizar um homem de referência à frente, buscando um ataque mais leve para encarar a bem postada defesa adversária. Na prática, a estrutura foi falha e nada agressiva.
O principal fator que definiu o fracasso da estratégia foi algo frequentemente pedido por Diniz à beira do campo: movimentação. Os atletas posicionados no setor faziam movimentos semelhantes, atuando muito distantes do gol adversário. Com isso, não deslocavam a última linha do América, gerando poucos espaços para serem atacados.
O padrão fez com que o Peixe não tivesse opções de ataque em profundidade, sendo muito pouco agressivo quando tinha a posse de bola no campo ofensivo. A alternância de posições era nula e impedia a progressão ofensiva, dando muito conforto à marcação americana.
O América pouco tinha a posse, e quando recuperava a bola, buscava ser vertical. Postura bem diferente da equipe do Santos. Vagner Mancini, em início de trabalho em Belo Horizonte, priorizou um time seguro, que não abria mão de atacar o adversário quando tinha a oportunidade.
Essa verticalidade, na primeira etapa, encontrou Ribamar sem apoio dos atletas da equipe mineira. Já na segunda etapa, o técnico Mancini avançou as linhas e buscou um jogo mais agrupado e associativo de seu time. Como resultado, em duas jogadas bem construídas, com passes verticais e assistências para gol, o Coelho garantiu a vitória diante do Peixe.
Resultado merecido para a equipe que mais buscou o gol durante os 90 minutos. Confira a análise