O Fluminense, em termos de tabela, era a grande surpresa do Campeonato Brasileiro até 20ª rodada. Após a derrota para o Palmeiras, nesse sábado, a equipe caiu para a oitava colocação e já não figura mais entre os classificados para a disputar a Libertados de 2021. A questão é: o quanto o limitado time das Laranjeiras iria aguentar brigar por uma posição que era fora da realidade inicial?
Muitos jogadores do time titular são constantemente contestados pela torcida e pela imprensa. Muriel comete muitas falhas, Julião não consegue acompanhar, Danilo Barcelos oscila demais, Michel Araújo caiu de rendimento, Fred se machuca muito, Hudson não consegue se firmar e assim a lista se estende até o jogadores que já não figuram mais no 11 inicial, mas que ainda vivem as margens das críticas.
O problema é que o torcedor, desde o começo do ano, pelas limitações financeiras, sabia que não dava para esperar grandes feitos. A conquista da Taça Rio, em cima do Flamengo do ainda badalado comandante Jorge Jesus, caiu como uma luva para dar confiança ao time e ao treinador, que mesmo com os resultados recentes – e não coloco as últimas duas derrotas nessa conta – nunca conseguiu se colocar como uma unanimidade entre os adeptos tricolores.
Uma sequência que poucos acreditavam que os comandados de Odair Hellmann conseguiriam, deixou os torcedores acreditando numa vaga – que ainda tem chances de conseguir – para a Libertadores. Um Nenê goleador e inspirado, Danilo Barcelos e Hudson crescendo de rendimento, a zaga bem entrosada, Dodi mantendo o nível de regularidade que da a consistência ao meio-campo e os jogadores de frente superando seus limites nos momentos de necessidade, tornaram esse sonho (que ainda não acabou!) em uma breve realidade.
A verdade é que, enquanto a tabela não terminar até o último jogo, os guerreiros do Fluminense já deram provas de que vão batalhar até o última segundo. Se vão conseguir ultrapassar todos os limites possíveis até lá, isso só o futuro irá dizer. Os jogadores já mostraram que tem essa capacidade, mas a realidade, por muitas vezes, é mais dura que a expectativa, que, se concretizada, se tornará um eterno sonho feliz ou, pelo menos, até a bola voltar a rolar.