Cada Gre-Nal tem sua história e é por isso que eles são datados por números. O 432 era a história de dois jovens treinadores em busca de afirmação e carregando nas costas algo que não era deles, mas acaba sendo.
Ramírez precisava desesperadamente da vitória no clássico e o título para fechar um ciclo de anos de revés do Internacional, enquanto Nunes precisava da vitória no clássico e o título para fechar o ciclo do Maior ídolo da história do Grêmio.
O Tricolor começou o jogo com uma vantagem conquistada no Gre-Nal 431 (outra história). E se portou bem, não deixando o Inter jogar da forma que gosta e colocando o jogo da sua forma.
Nunes mantinha um 4-1-4-1 sem bola, dando superioridade numérica ao meio-campo do Grêmio e não permitindo que o Inter tivesse volume pelo setor. No final do 1° tempo, Rafinha e Yuri foram expulsos e, quando todos achavam que o 0x0 iria pro vestiário, Ferreira recebeu a bola dentro da área após um contra-ataque e fez o gol que deu uma gigante vantagem pro Grêmio.
No segundo tempo, Ramirez tinha mais um peso nas costas. E, em busca da virada, começou a se lançar ao ataque, conseguindo o empate e dando esperanças ao lado vermelho. Mas, no final, o lado azul saiu vitorioso nesse capítulo da história e levantou a taça.
Vence Nunes (merecido) para poder abrir a sua própria história no Grêmio. Já do lado colorado, Ramírez escreve sua história. Uma história, aliás, que vem de antes dele e mantém o Internacional sem vencer o maior rival nas competições estaduais.