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Análise: Santos tem queda no rendimento ofensivo após lesão de Basso

João Basso (Foto: Raul Baretta / Santos FC)

Apesar de zagueiro, seu desfalque impactou diretamente na criação de jogadas do Peixe.

Foto: Raul Baretta / Santos FC

Apesar de ser zagueiro, a lesão de João Basso impactou diretamente no rendimento ofensivo do Santos. Já que se contabilizarmos os quatro jogos que ele desfalcou Peixe e o clássico contra o Corinthians, onde ele se lesionou e foi substituído nos minutos iniciais, são apenas quatro gols pró, sendo apenas um com a bola rolando e três em bola parada.

Os gols feitos pelo Alvinegro Praiano foram marcados por Mendoza (pênalti), Nonato (após cobrança de falta), Joaquim (bola rolando) e Julio Furch (após cobrança de escanteio). Com isso fica evidente a queda no rendimento do time quando se trata de criação ofensiva.

Basso está diretamente ligado a isso, não apenas por ter a criação de jogadas e boa saída de bola como características e ter sido substituído por Messias, que apesar de estar jogando bem, tem a rebatida como principal qualidade. O esquema tático e papel de cada jogador santista em campo mudaram após o desfalque do camisa 2.

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O Santos, treinado por Marcelo Fernandes, vinha atuando em um 3-5-2, com uma linha defensiva formada por três zagueiros e um meio-campo com dois alas (Kevyson e Lucas Braga), um volante de marcação (Rincón), um segundo volante criativo (Jean Lucas) e um meia armador de ofício (Lucas Lima), agora atua em uma espécie de 4-3-3, onde os que antes eram alas são laterais, formando uma linha de quatro defensores juntamente com dois zagueiros.

Mas a mudança que mais impactou o sistema ofensivo foi no meio de campo, onde agora atuam três atletas (antes atuavam cinco), gerando menos possibilidades e opções de jogadas. O papel dos meio-campistas também mudou, Rincón que tinha a defesa como principal função se aproximou ainda mais de seus zagueiros para iniciar as jogadas com maior qualidade, função antes exercida por Basso.

Jean Lucas, antes segundo volante, agora atua na região onde antes atuava Lucas Lima, precisando exercer um papel ofensivo que não é sua principal característica, influenciando a queda de produção criativa, já que L. Lima tem o passe como trunfo. Por fim, Nonato é quem assumiu a posição que antes era de Jean, o meia possui uma defesa mais marcante que a de Jean, mas em alguns momentos fica sobrecarregado nessa função, pois fica encarregado de proteger a, desfalcada, zaga santista juntamente a Rincón.

Portanto, a lesão de João Basso gerou uma preocupação maior com a proteção ao sistema defensivo. Logo, o técnico Marcelo Fernandes precisou sacrificar peças que contribuíam para a criação ofensiva, como Lucas Lima, para potencializar a proteção defensiva, por isso os gols do Santos com bola rolando se tornaram raros e os gols sofridos diminuíram.

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