O volante André concedeu entrevista coletiva, no CT Carlos Castilho, na tarde desta quinta-feira (11). Entre os tópicos abordados, o volante respondeu sobre a relação forte que Fernando Diniz possui com seus jogadores, uma marca do treinador em todos os clubes que passou.
– O Diniz é um cara muito especial. Eu acho que, de fora, dá para perceber um pouco, um cara que tem uma mentalidade muito vencedora. Além disso, é um cara muito amigo, muito pai, que incentiva muito e sempre extrai o melhor do jogador. Nosso grupo entendeu bem o que ele queria e creio que temos tudo para continuar assim.
Nonato será desfalque no próximo jogo do Fluminense, contra o Internacional, por questões contratuais, já que o volante pertence ao Colorado e está emprestado ao Flu. Perguntado sobre quem irá jogar ao seu lado e as diferenças entre Martinelli e Felipe Melo, cotados para entrar no time titular, André disse:
– Não sei. Tomara que eu jogue (risos). Primeiramente, nosso time tem um elenco muito forte. Creio que, dos 32 jogadores, todos tem capacidade de ser titular. O que muda do Martinelli para o Felipe (Melo), é um pouco de estilo de jogo. Felipe (Melo) é um cara que fica mais centralizado, tem a bola longa, poder de marcação e liderança muito forte. Martinelli é um jogador solto, que sai mais para o jogo, mais versátil. Dois jogadores de extrema qualidade, então creio que, qualquer um que entrar, vai estar pronto para suprir a ausência do Nonato.
André é um dos principais jogadores de sua posição no Brasil, mesmo com 21 anos. O jogador já foi alvo de diversas sondagens do futebol europeu, e, perguntado sobre isso, o volante garantiu estar focado no Fluminense.
– Primeiramente, eu estou muito feliz aqui. Isso é o mais importante. Eu não procuro me envolver muito com o que vem lá de fora. Procuro estar muito focado aqui dentro. É normal chegar sondagens para tudo mundo que chega da base, não só no Fluminense, mas no Brasil todo. Os europeus tem bastante olhos para nós, então é normal isso, mas estou muito focado aqui no Fluminense. De coração mesmo. Estamos com dois objetivos difíceis, que é ganhar a Copa do Brasil e o Brasileiro. No final do ano ninguém sabe o que vai acontecer, nem sei se eu vou estar vivo ainda (risos), então é pensar no dia a dia e conquistar esses dois objetivos.
Após 1 semana de descanso, o Fluminense retorna aos gramado, neste domingo, às 19h, contra o Internacional, no Beira-Rio, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro. O Tricolor está na terceira colocação da competição com 38 pontos e continua na caça do líder Palmeiras, que está a 7 pontos de vantagem.
Mais trechos da coletiva
Rodada decisiva no Brasileirão
– Creio que um time que quer ser campeão não escolhe adversário. Toda rodada tem que pontuar. O Palmeiras abriu uma gordura (vantagem), hoje é o time que menos oscila. Quando perde uma, não empata na outra e já engata uma sequência de vitória. Perdemos 2 pontos contra Santos e São Paulo, onde não deveríamos ter perdido. Agora, aumentou ainda mais a responsabilidade e não podemos errar e independente de quem a gente enfrentar, não podemos cometer erros.
Papel dentro de campo
– Acho que a nossa maior responsabilidade de quem está ali do meio para trás é ajudar a equipe a não tomar gols. Defender bem e, de preferência, ainda mais agora com o Diniz, sair com muito mais facilidade lá de trás e entregar bolas boas para pessoal do ataque. Nossa maior responsabilidade é dar segurança ao time.
Função na equipe
– Eu tento ajudar ao máximo minha equipe. Correr muito, de um lado para o outro, tentar desamar, interceptar, entregar bola boa. Espero ter ajudado meus companheiros nos últimos jogos e nos próximos, para que tudo dê certo e o Cano, Árias e Ganso continuem nos ajudando lá na frente.
Queda de rendimento com Abel
– Sobre o meu rendimento ter caído, não sei. O Abel tentou implantar um esquema diferente. Creio que deu certo, pois nosso time foi campeão carioca com ele. Tentou implantar um sistema de cinco, com dois volantes. Naturalmente quem joga nesse esquema, os dois volantes ficam muito soltos, seja para fazer a pressão ou seja para jogar. Creio que não seja uma queda de rendimento, mas sim um esquema diferente.
Relação com Felipe Melo
– O Felipe Melo, é um cara que realmente me instrui bastante, converso com ele todos os dias aqui no Fluminense, todos os dias ele me dá instruções, jogo com ele vídeo game todos os dias praticamente. Estamos com bastante intimidade.
Importância de estar acertando passes
– É muito treinamento. As vezes deixamos de fazer coisas simples, que é passe, domínio. É uma coisa que fazemos todos os dias. Nosso time joga muito com a posse, temos muita aproximação, jogo apoiado, então fica mais fácil para a gente trocar passe e, ao mesmo que estamos trocando passe curto, sempre vai sobrar alguém para receber uma bola longa. É um tipo de jogo em que fazemos diversas coisas diferentes na partida.
