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André Mazzuco comenta sobre chegada de Bruno Lage ao Botafogo: ‘É um privilégio’

André Mazzuco Botafogo

Em entrevista, o diretor de futebol do Botafogo, André Mazzuco, falou sobre Bruno Lage, Tiquinho Soares e vários outros assuntos.

Foto: Vitor Silva/Botafogo

Novo treinador do Botafogo, Bruno Lage deve chegar ao Rio de Janeiro nas próximas horas para iniciar seu primeiro desafio no futebol brasileiro. Após recusar Corinthians e Atlético-MG, o português foi seduzido pelo projeto de John Textor e chega para manter a excelente campanha do Glorioso, líder com 10 pontos de vantagem. Dessa forma, o diretor de futebol André Mazzuco falou sobre os bastidores da contratação, em entrevista ao “SporTV”.

O dirigente comentou sobre uma participação do próprio Luís Castro, ex-treinador do Botafogo, na negociação. Ele elogiou a rapidez nas conversas para acertar com um substituto para o antigo técnico, que aceitou uma proposta do Al-Nassr.

– Nós deixamos claro para o Luís, ele foi muito profissional dizendo da possibilidade da saída dele e nos permitiu que buscássemos um plano B. Isso foi feito em conjunto com o próprio Luís Castro, porque não tinha muito tempo. A gente foi bem sucedido, porque foi tudo rápido. A vinda do Cláudio também foi rápida. Agora termina com a chegada do Bruno.

Bruno Lage assinou com o Botafogo até o fim de 2023, com possibilidade de renovação por mais um ano. André Mazzuco comentou sobre o contrato curto, e demonstrou estar tranquilo em relação ao planejamento para a próxima temporada.

– Nada impede que seja o treinador na sequência. Vem de um mercado de nível altíssimo. Para nós, é um privilégio poder contar com ele. A gente tem esse primeiro desafio até dezembro, mas nada impede que seja nosso treinador também para o ano que vem.

Em relação a postura na janela de transferências, o Botafogo deixou claro que não pretende fazer grandes investimentos e aposta na manutenção dos destaques da campanha. Nesse sentido, o diretor admitiu que existem clubes interessados no artilheiro Tiquinho Soares, mas nada que preocupe o Alvinegro.

– Naturalmente, tem sondagem. Os números são excelentes e todo mundo conheceu mais, tá fazendo diferença. Tá muito feliz aqui no Botafogo. Tem sondagem, mas ele é fundamental na nossa caminhada.

O Botafogo volta a campo na próxima quarta-feira (12), contra o Patronato-ARG, às 19h (de Brasília). O confronto, válido pelo jogo de ida dos play-offs da Sul-Americana, será disputado no Estádio Presbítero Bartolomé Grella, na Argentina.

Confira outros pontos da entrevista de André Mazzuco

Transição de treinador

– A gente teve um cuidado grande nesse processo de transição para manter um equilíbrio que já existia com o Luís. Trazer um treinador que já entendesse esse contexto. Foi assim em toda a movimentação com o Bruno desde o início, desde as tratativas do John, de apresentar um pouco o Botafogo para ele. Acho que um elemento importante do Botafogo é a construção dos processos dentro do clube.

– Era um grande objetivo nosso desde a virada de chave no ano passado, quando se torna SAF, de criar processos dentro do clube que não dependesse das pessoas. Acho que é um grande momento nosso entregar para o um treinador tudo que acontece dentro do clube para que ele dê continuidade. Claro que o Bruno é um treinador de altíssimo nível, vai dar um toque pessoal, mas recebe hoje um clube muito organizado que sabe o que tem feito e que tem muito claro seus processos e objetivos.

Trabalho de Caçapa

– Desde a saída do Luís, nossa intenção era deixar a transição o mais leve possível. A gente se beneficiou dessa situação de ser uma plataforma multiclubes. Cláudio é uma pessoa que esteve conosco ano passado, já conhecia o clube. A gente tem o Lúcio Flávio que era o treinador da equipe B que está inserido no processo. A gente trouxe o Cláudio para conduzir o grupo da melhor forma possível nesse momento.

– A gente entrega para ele aquilo que esperava, não tem nenhuma cobrança enquanto treinador. Ele é um condutor desse período de transição e está fazendo isso muito bem. É um cara fantástico como ser humano e como profissional. Isso trouxe a leveza que a gente precisava nessa saída do Luís que foi surpreendente para nós. Isso nos ajudou muito a conduzir nesses jogos que tivemos que eram extremamente importantes.

– Para o Cláudio entregar o bastão agora para o Bruno a ideia é que seja da mesma forma como foi com o Castro. Nós já estávamos encaminhados com o Lage. Fomos muito tranquilos com o Cláudio sobre ter eles conosco como se fosse um empréstimo do Lyon. A gente brinca que ele veio emprestado. Por ele também já nos conhecer, pela questão da plataforma que a gente trabalha, foi fácil acomodar ele conosco e assumir a equipe. Foi um equilíbrio que a gente precisava.

Característica de jogo do Lage

– Primeiro contato dele com o grupo vai ser a partir de quinta-feira. A gente tem um planejamento estabelecido. Ele vem para nos ajudar para o que temos elencado na temporada. Não é questão do treinador pedir reforço ou não, é um trabalho em conjunto de clube e treinador. Nosso elenco hoje já é montado pensando na temporada, independente de oportunidade ou necessidade. Mas não vem com pedido específico. Não é dessa forma que trabalhamos.

– O mais importante é se juntar a nós, iniciar o trabalho com o grupo. Já tem um repertório interessante daquilo que vem sendo trabalhado. Eu sempre falo que o maior trunfo do Botafogo para essa temporada foi ter virado a temporada com basicamente o mesmo elenco e o mesmo treinador. A gente manteve uma base improtante e isso vem fazendo a gente ter solidez competitiva. Isso tem um caminho e a ideia do Bruno é condução dentro do que a gente tem de elenco.

Montagem do elenco

– A gente teve pouco tempo ano apssado na primeira janela, a gente precisava trazer um elenco mais forte para sustentar na Série A até a segunda janela. A primeira medida que tomamos foi montar um departamento de scout. O Alessandro Brito veio comigo para acelerar esse processo. Hoje, para mim, isso é um core do clube, um núcleo extremamente importante para aquilo que a gente projeta. Esse foi o nosso trabalho mais minucioso, na definição de perfil, qualidade e característica dos atletas.

– A gente tem ume exemplo bacana que é o Segovia, que foge um pouco do perfil que a gente vinha trazendo, mas que tem uma qualidade técnica muito grande. A gente conseguiu ter um equilíbrio de posições, não é tão longo, mas entrega muito dentro daquilo que a gente esperava. A gente usou as janelas para criar essa solidez que a gente esp3ervaa. O grupo tá muito coeso hoje e ajuda demais dentro da mentalidade competitiva que a gente conseguiu criar no clube.

Janela de transferência

– Não é nossa intenção. Estamos muito focados nesse ponto e os atletas sabem disso. A egtne tem a vantagem de ter um ambbiente muito bom, todo mundo acreita no que pode fazer. Está brigando até o final. A gente está muito confiente, é um desafio, mas não é nossa intenção perder essa solidez que construímos.

Sul-Americana

– A gente hoje criou uma condição para os atletas que a gente consegue gerenciar as duas competições e jogo a jogo. Claro que a gente não usa um jogador por algum necessidade pontual, mas não tem necessidade de poupar. Outra condição que a gente conseguiu criar é de ter uma reposição de nível muito semelhante a de quem está jogando.

– Então as trocas de um jogo para o outro também estão trazendo a qualidade que a gente precisa. Então, se precisar d euma troca ou outra tem condiçaõ de dar continuidade para o que estamos fazendo.

Euforia

– A gente procura trazer o torcedor como uma energia positiva. O grupo é muito profissional e competitivo. Acreditamos naquilo que podemos fazer. Vamos brigar pelo título até o final. Essa é a mentalidade do grupo de jogadores, de acreditar sempre. O Botafogo vai lutar até o final pelo título

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