Após o empate na Arena Pantanal do Cuiabá com o Ceará, o técnico António Oliveira falou em entrevista coletiva sobre o avanço que ele está percebendo no time, e como eles estão criando um formato de jogo do estilo dos jogadores, comentou também sobre o cartão amarelo que o tira do próximo compromisso do Cuiabá.
-Quem viu o jogo, percebeu que a gente perdeu três pontos, isso é um fato, da segunda parte, principalmente da qualidade que nós tivemos em termos coletivos. Estamos cada vez mais perto de conseguir ganhar uma equipe, falta uma intensidade principalmente na parte ofensiva, no ataque, com maior avanço.
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Ao ser questionado sobre as faltas do Ceará, o treinador pontuou que o Cuiabá também está com desfalques, e que o time jogaria do mesmo jeito com ou sem peças importantes para o Vozão.
-Mas o fato é que a equipe está cada vez mais equilibrada, cada vez mais bem construída que da menos a bola para o adversário, com menos chances de erros, independente de jogar o Vinã ou o Mendonça, nossa postura seria a mesma, nós também não temos o Pepê e o Alan Empereur, portanto nessa perspectiva a si, calhar que o Ceará perdendo o Vinã e o Mendonça teria outros jogadores. Mas ganhamos outros três jogadores que eu preciso vê-los jogar, experimentar e dar essas oportunidades de vê-los crescerem, independente de não termos ganho, e saímos tristes como é evidente, sentimos que poderíamos e estava perfeitamente ao nosso alcance.
-Alías penso que nos últimos 20 minutos o Ceará percebeu como um ponto estava suficiente e já saíram satisfeitos. Nós saímos com o amargo na boca de não podermos estar no vestiário agora com 3 pontos, mas sentimos também um crescimento grande dessa equipe, com a defesa cada vez mais consolidada, mas é evidente que temos um longo caminho pela frente, foram 4 jogos com grau de dificuldade elevado em nove dias, contra uma equipe que não perde a mais de um mês, com um conjunto de jogos construtivos.
-O fato de termos jogado a menos de 72h é um fato que também pesa, mas na segunda parte equilibramos muito bem o jogo, praticamente não demos chance ao adversário de transitar, eles praticamente não chegaram ao gol, não criou uma chance real de gol, e acho que o que me orgulha e me enche de alegria, não foi o resultado e eu não vim aqui procurar desculpas, eu procuro resultados, eu vivo de resultados vamos continuar a viver disso é a segunda parte que nós melhor fizemos, com uma equipe organizada, muito equilibrada, faltou mais intensidade ofensiva para podermos conseguir aquilo que nós ambicionávamos que era o gol.
O técnico António Oliveira levou seu terceiro cartão amarelo e portanto não poderá estar em campo na próxima partida do Cuiabá contra o Goiás, em Goiânia. Sobre o cartão amarelo, o treinador afirmou que não faltou em respeito com os árbitros da partida nem com a bandeirinha e que achou a forma como a situação foi tradada de forma ‘exagerada’.
-Eu sou uma pessoa que vivo o jogo de forma intensa, mas nunca vou faltar com respeito a ninguém. Portanto, se perguntar ao juiz ou à bandeirinha se fui mal-educado, se eles disserem que sim, não estão falando a verdade. Acho que ele já veio me ouvir sem paciência, e saio triste pela forma tão incisiva que ele veio me dar o cartão amarelo, eu não sou nenhum assassino, eu só vim de um país diferente, com uma missão de fazer o time crescer e não estou aqui para ter uma guerra, uma luta contra os juízes, os respeito muito. O erro faz parte, mas às vezes é a forma, vou com uma mágoa para casa pela falta de paciência, falta de sensibilidade, acho que podemos tratar as coisas de outra forma.
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Após uma sequência de jogos com menos de três dias de diferença, António Oliveira comemora a semana cheia de treino que terá com o time, mas acredita que a equipe está no caminho certo para se consolidar com o novo trabalho da comissão técnica.
-Vamos ter uma semana completa, para podermos consolidar o nosso objetivo, o caminho que nós acreditamos e que não vamos desviar em nenhum momento dele, é evidente que hoje vamos dormir em um lugar que nós não queríamos, mas fazemos as contas no fim. Estou muito orgulhoso do trabalho que nós desenvolvemos durante esses 12 dias que eu to aqui, com quase meia dúzia de sessões de treino, principalmente pela intensidade, pela forma que os jogadores receberam essa informação e tentaram reproduzir em campo, mas vamos repetir cada vez mais, para ganharmos uma estabilidade no nosso jogo, uma coisa que nos precisamos melhorar é nossa intensidade ofensiva de criar mais e chegar mais a nossa zona de finalização para fazermos aquilo que vai nos dar pontos, que são os gols.
