Em um duelo marcado pelas homenagens ainda a Diego Maradona, quem se deu melhor em Porto Alegre foi justamente o seu time de coração: Boca Juniors. E o gol da vitória veio justamente do maior ídolo Xenize na história recente. Aos 36 anos, o Carlos Tevez segue escrevendo mais páginas em sua história e foi o responsável por selar o triunfo dos argentinos por 1 a 0 sobre o Internacional, no Beira Rio, nesta quarta-feira, pelas oitavas de final da Libertadores.
Antes da partida em Porto Alegre, uma forte tempestade deixou o campo pesado, o que afetou bastante o ritmo e a intensidade das equipes. Em certos momentos do jogo, o Internacional parecia dominar e destinado a vitória. Mas a pontaria não estava em dia, com diversas chances sendo desperdiçadas. E em um contra-ataque mortal com direito a falha coletiva de Zé Gabriel e Uendel, Tevez aproveitou a jogada de Salvio para garantir a vantagem do Boca.
Quem parece ter perdido de vez o encanto na temporada é Thiago Galhardo. Artilheiro do Internacional na temporada, o camisa 17 vive péssima fase e sua atuação nesta quarta-feira confirma que algo precisa mudar para a bola do atacante voltar a entrar.
O Inter volta a campo no domingo e terá um desafio muito duro pelo Brasileirão. A equipe gaúcha visita o Atlético-MG, em Minas Gerais, às 18h15, no Mineirão, pela 24ª rodada do Campeonato Brasileiro. A decisão da vaga nas quartas de final da Libertadores será na quarta-feira (09), na Bombonera, às 21h30. Para avançar, o Inter tem que vencer por dois gols de diferença ou por um, desde que marque mais de duas vezes.
PRIMEIRO TEMPO
Desde o princípio dava para notar que o jogo seria muito parelho, apesar dos momentos diferentes que os times vivem. Os dois times revezavam a bola no meio-de-campo, com bom toque de bola e sem um grande número de faltas. As chances de gol foram equilibradas em número, mas a única que exigiu defesa do goleiro foi do Boca Juniors. Fabra chutou de fora da área com perigo, mas Lomba fez uma grande defesa. O placar não saiu do zero.
SEGUNDO TEMPO
A saída de D’Alessandro para a entrada de Maurício fez cair de leve a qualidade do toque de bola do Inter. O ídolo argentino infelizmente não tem mais pulmão para aguentar os 90 minutos. Entretanto, o Inter continuou jogando bem, levando perigo quando ia para o ataque, especialmente em finalizações de Heitor e Rodrigo Lindoso.
No seu melhor momento na partida, veio o apagão, assim como aconteceu com o Estádio Beira-Rio no pré-jogo. Uma falha abissal de Zé Gabriel e Uendel, que ficaram na dúvida de quem ficaria com o domínio de uma bola pingada, permitiu que os argentinos construíssem uma jogada de ataque. Carlitos Tévez recebeu a bola na área e tirou do goleiro. Na comemoração, fez homenagem emocionante a Maradona, seu amigo pessoal. O Inter inicialmente sentiu o golpe e por muito pouco a desvantagem não aumentou.
No abafa protocolar de quem está perdendo em casa, o time gaúcho chegou perto do empate. Leandro Fernandez acertou a trave em belíssima cobrança de falta e Patrick quase marcou após receber na pequena área e mandar para fora. Nesse último lance, inclusive, Patrick alegou ter sido tocado pelo defensor argentino, mas o juiz nada marcou após conversa com o VAR. A vitória argentina foi construída em cima das falhas do Inter, que tem uma missão muito difícil na semana que vem: reverter um resultado negativo contra o Boca Juniors em La Bombonera.
OS TABUS DA NOITE
Essa foi a primeira derrota do Inter em casa para um time argentino em competições intercontinentais. Nos onze jogos anteriores, o time gaúcho tinha conseguido seis vitórias e cinco empates. Já Thiago Galhardo não balançou as redes mais uma vez. O atacante chega a um mês sem marcar gols, com seis jogos no período. A ausência de gols do artilheiro é sintomática a péssima fase que vive o Internacional.
Para saber tudo da Libertadores, siga o Esporte News Mundo no Twitter, Instagram e Facebook.