Após um primeiro turno bastante competitivo e seguro, o Avaí sofreu com momentos de altos e baixos na reta final do Campeonato Brasileiro e acabou confirmando nas rodadas finais o seu descenso para a Série B de 2023. Na 19ª colocação com 32 pontos, o Leão se despediu de seu torcedor com vitória, sobre o Ceará, em seu último jogo na Ressacada e agora se prepara para encerrar o Brasileirão enfrentando o Flamengo, no sábado, às 16h, no Maracanã.
Apesar de não ter conquistado seu objetivo esportivo, a temporada 2022 trouxe uma nova perspectiva para o torcedor avaiano e acabou sendo de fundamental importância para iniciar um trabalho de reconstrução e modernização do clube. É o que avalia a diretoria azurra, que assumiu o comando do Avaí neste ano em meio a diversos problemas estruturais e financeiros. O presidente executivo, Júlio César Heerdt, explica:
“O que o torcedor mais queria era a permanência na Série A, sabemos disso, e também ficamos tristes por não ter conseguido. Mas, precisamos entender que muitos passos foram dados em direção a um futuro melhor. Vamos encerrar o ano sem dever salários ao atual elenco e sem ter extrapolado nosso orçamento. Um dos grandes problemas do Avaí era entrar em uma temporada devendo a passada. Isso não vai acontecer em 2023, nosso 2022 já está todo saneado”, conta.
Na questão financeira, o avanço significou aos cofres avaianos um alívio de mais de 20 milhões de reais em dívidas liquidadas durante o ano. Júlio César relata que a diretoria precisou agir rápido para evitar que essas dívidas inviabilizassem a participação do Avaí na Série A:
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“No início do ano corríamos o risco de não jogar o Brasileiro, situação muito delicada com dívidas de curtíssimo prazo vencendo. Tivemos que atuar para estancar a bola de neve e mudar a imagem que o Avaí tinha entre jogadores e fornecedores de mau pagador. Hoje isso não existe mais, acredito que com o trabalho feito, pavimentamos a estrada para o retorno à Série A. Caso um futuro retorno se concretize, teremos muito mais condições de investir no futuro”.
No campo, o foco foi evoluir a estrutura de trabalho. Foi criado o departamento de saúde e performance para melhorar o desempenho físico e prevenir lesões. Bruno Comicholi, vice-presidente, avalia isso como uma importante conquista: “Rompemos com a maneira antiga que o Avaí geria o futebol. Trouxemos profissionais qualificados, criamos processos e metodologias para embasar o trabalho definimos objetivos a ser cumpridos. Acredito que isso significou uma grande modernização no nosso futebol”, finaliza.
