O lateral-direito Léo Matos voltou a receber uma chance entre os titulares no empate do último domingo (3) entre Vasco e Sport, no Maracanã. Nesta quarta-feira (6), o jogador abriu o coração em coletiva de imprensa no CT Moacyr Barbosa e revelou que passou por momentos difíceis em sua lesão mais recente.
Um dos motivos pela ausência de Léo Matos no time titular e até mesmo os reservas nesses últimos meses foi justamente a lesão que sofreu no jogo contra o Flamengo, pelo Campeonato Carioca. Segundo o jogador, a pancada na perna foi tão forte que ocasionou em perda de movimento do membro por um período.
“No jogo contra o Flamengo, tomei um chute na coxa que pegou em cima do nervo ciático. Naquele momento paralisou minha perna, tanto é que depois tentei ficar no campo imaginando dor ia passar, mas tinha perdido um pouco da agilidade. Um pouco não, muito. Vi que era momento de sair, poderia tomar um gol por falha minha, condição física“
“Não perdi 100% do movimento, mas sentia muita dor para correr, perdi 60% dos movimentos, não conseguia acelerar. Depois do jogo passei uns 10 dias no DM. Felizmente não tive lesão, foi um chute em cima do nervo, comprimiu, perdi bastante do movimento. Fiquei cinco dias sem treinar e mais uns cinco até voltar a treinar com o grupo” – completou o jogador.
Desde então, Léo passou a ser a terceira opção em sua posição. Apesar de não ter ficado tanto tempo fora por lesão, perdeu espaço porque Gabriel Dias chegou ao clube e virou titular na lateral, enquanto Weverton era a segunda opção, tanto para Zé Ricardo, quanto para Maurício Souza. Nesse cenário, o jogador muitas vezes sequer era relacionado e só foi voltar a campo nesta última partida, diante do Sport. Léo Matos confessou que ficou chateado, mas rechaçou qualquer tipo de desavença com o ex-treinador.
“Foi uma questão de escolha do Zé Ricardo. Quando iniciou o ano, fiz questão permanecer no Vasco pela minha vontade de recolocar o Vasco na primeira divisão. Chegou o Weverton, sabia que seria natural uma disputa entre nós. Comecei com Covid e já comecei atrás. Ele começou bem, é natural, tem que esperar meu momento. Depois me causou estranheza que saí de titular para terceira opção com a chegada do Gabriel Dias.“
“Imaginaram que briguei com alguém, com Zé ou sei lá. Pelo contrário, minha relação com Zé é excelente. Por mais que naquele momento tenham optado por outros jogadores, nunca deixaram de me respeitar, nunca me excluíram. Todos os trabalhos eu praticava, nenhum momento faltei com respeito, sou muito grato por isso. Levo com muita naturalidade, levo com normalidade. Fiquei treinando e, se eu não fizesse isso, no domingo eu tinha passado vergonha, um jogo com intensidade, só mostra para todos o quão profissional eu fui. Ainda que eu não concordasse com o que vinha acontecendo. Mas são decisões a serem tomadas.” – confessou.
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Léo Matos tem contrato com o clube até o final deste ano e afirmou que cogitou sair do Vasco previamente durante seu período longe dos gramados.
“Passa, passa pela cabeça, sim (sair do clube). De repente que meu ciclo tivesse se encerrado, precisava buscar outro clube. Mas são coisas passam na cabeça de qualquer jogador momentaneamente sem jogar. Não posso chegar e falar que está tudo bem, o importante é o jogador ter discernimento. No meu caso, o Gabriel se lesionou, e optaram por mim naquele jogo. Não estava sendo relacionado, e do nada caiu no meu colo uma oportunidade. Estava feliz da vida, mas você fica receoso. Única coisa que pedi a Deus foi que meus companheiros tivessem uma boa performance e eu pudesse acompanhar. Muito do meu rendimento dependeu deles, eles estiveram bem e eu acompanhei o ritmo deles. Se não fosse no Vasco, teria que ser em outro lugar, precisava estar pronto, chegar e jogar. Eu sou muito tranquilo para esse tipo de coisa, vou completar 20 anos como profissional, já aconteceu muita coisa na minha carreira. O que eu passei agora há muito tempo não passava. Ficar fora de jogo, parece que é estar fora de contexto. Felizmente joguei bem, todo mundo jogou bem.” – relatou o lateral.
Ao externar seu desejo momentâneo de deixar São Januário, Léo Matos foi perguntado sobre seu futuro após o fim do contrato e confessou o desejo de permanecer por mais um tempo.
“O maior objetivo nesse momento é subir o Vasco, objetivo coletivo, mas é individual também. Eu preciso, se for o caso de encerrar o ciclo em dezembro, sair do Vasco da mesma forma que entrei. Tenho alguns objetivos individuais com certeza, que é subir o Vasco, continuar jogando até o fim do ano. Tenho mais dois ou três anos de carreira, se eu conseguir realizar isso seria maravilhoso para mim. Tenho familiares vascaínos, amigos vascaínos, se puder continuar jogando na minha casa seria maravilhoso. Meu objetivo pessoal é provar para todos tenho capacidade de jogar pelo menos mais um ano aqui.” – finalizou.
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