Em jogo difícil, o Fluminense venceu o Al-Ahly, do Egito, por 2 a 0 e garantiu sua vaga na final do Mundial de Clubes. Após a partida, Fernando Diniz falou sobre o duelo:
– O nível de satisfação é alto pela vitória. Tem o aspecto emocional que pesa, um campeonato mundial. No primeiro tempo jogamos um pouco abaixo tecnicamente por causa do nervosismo. O Al Ahly valorizou muito a nossa vitória. Todas as vezes que a gente chegou na final para passar sempre foi difícil – disse o treinador em entrevista à CazéTV
Já na coletiva, o treinador se aprofundou em relação ao nervosismo e disse o seguinte:
– A gente começou a partida mais nervoso, por ser a estreia do Fluminense no Mundial. Jogando contra um time que já tinha jogado nesse campo, que está muito diferente do campo de treinamento. A bola está muito viva, muito mais rápida do que a gente treinou aqui. Foi um fator que deixou a gente um pouco inseguro, e a gente cedeu alguns contra-ataques que não costumamos ceder.
– A gente conversou no vestiário, já tinha passado um pouco do nervosismo, e voltamos com mais controle para o segundo tempo. Depois que fizemos o gol, tivemos mais espaço, fizemos o segundo gol e poderíamos ter feito mais. A gente tem uma característica muito forte, de não desistir – completou o treinador.
Diniz ainda completou dizendo estar feliz pelo time ter mudado de postura no segundo tempo e valorizou a equipe do Al-Ahly.
– Um time muito bem treinado, vários jogadores da seleção do Egito, da Tunísia, não chegou aqui por acaso. A gente tem que enxergar o futebol de uma maneira diferente. Fiquei feliz, porque o time conseguiu jogar muito bem em determinados momentos do segundo tempo e, no final, poderia ter ampliado.
Aos 33 minutos do segundo tempo Diniz decide colocar John Kennedy em campo. Dez minutos depois, o camisa 9 faz o gol que sela a classificação do Fluminense para a final. O treinador tricolor mais uma vez não poupou elogios ao atacante.
– John Kennedy é um jogador certamente com muito potencial, de ser brilhante. Brilhante mesmo, de jogar em seleção brasileira, de decidir Libertadores, de decidir Copa do Mundo. Potencial ele tem, a gente não sabe se vai acontecer, temos que ver. É um cara predestinado. Sabe fazer gol e, além disso, tem uma atração entre ele e o gol. Se percebe com poucos toques que há uma diferença. Ele virou um cara muito mais profissional, está muito mais treinado. É um cara que decide jogos. É um jogador especial. Eu espero que ele consiga crescer cada vez para dar conta do potencial que ele tem.
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O treinador foi perguntado sobre uma possibilidade do Urawa Reds complicar a vida do Manchester City. As duas equipes se enfrentam amanhã, às 15h, para decidir quem enfrenta o Fluminense na final. Para Diniz, nada é impossível no futebol.
– No futebol nada é impossível. A gente sabe que o City é a melhor equipe do mundo, mas também é fato que se a gente não jogar com muita seriedade tudo pode acontecer.
O Fluminense agora espera o vencedor de Urawa Reds x Manchester City para saber quem enfrentará na final do Mundial de Clubes na sexta (22), às 15h.