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Arias passa por desafios na Colômbia e vira peça fundamental em título do Fluminense na Libertadores

Arias superou dificuldades na vida pessoal e se tornou peça chave no título do Fluminense (Raul Sifuentes/Getty Images)

Arias supera infância em local violento na Colômbia, morte de sua avó, e vira peça chave do Fluminense no título da Libertadores

Foto: Raul Sifuentes/Getty Images

Em 2021, Fluminense e Santa Fé, da Colômbia, se enfrentaram duas vezes na fase de grupos. Em ambas as partidas, um meia de 1,72m da equipe colombiana deu bastante trabalho ao Tricolor. O jogador era nada mais nada menos que Jhon Arias. Posteriormente, o Flu, que já observava o camisa 21 antes disso tudo, fechou sua contratação. Entretanto, vamos rebobinar um pouco para 2018. Muito antes do meia aparecer ao futebol sul-americano.

Arias iniciou sua carreira no futebol mexicano atuando pela equipe do Dorados de Sinaloa. Teve uma passagem pela base do Tijuana antes de retornar a seu país natal, comprado pelo Patriotas de Boiacá. No entanto, o meia foi logo emprestado para o Llaneros, que na época disputava a segunda divisão da Colômbia.

Voltou para o Patriotas e chamou a atenção do América de Cali, que garantiu seu empréstimo.  A passagem de Arias pelo clube é frequentemente dita como má utilizada, já que o estilo de jogo do técnico na época, Juan Cruz Leal, era apostando em contra-ataques rápidos e Arias preferia cadência de bola. Além disso, teve um pequeno problema de lesão e se ausentou de alguns jogos por COVID. Apesar disso, Arias conseguiu ter um bom apoio da torcida e contribuiu para o título colombiano da equipe.

Um desentendimento entre presidentes do América de Cali e Patriotas inviabilizou sua permanência. Em seguida, Arias foi emprestado ao Santa Fé. O resto disso é história.

Jhon Arias
Arias em sua estreia como titular no Fluminense, em 2021 (Foto: Lucas Merçon/Fluminense)

Os primeiros meses do colombiano no Fluminense foram difíceis. O próprio revelou que por pouco não pediu para sair do clube, mesmo tendo chegado a pouco tempo, por causa da morte de sua avó. Arias e ela tinham uma relação muito próxima.

— A vida vai muito além do futebol, tem muita coisa mais importante. A família sempre está na frente. Foi o momento mais difícil da minha vida, com certeza. Minha avó foi uma das pessoas que mais me deu forças para vir para o Brasil, que era um dos meus sonhos. Perder uma pessoa tão especial me machucou muito. O falecimento dela me deu um recado ruim. Eu vim por ela, não parecia fazer sentido seguir aqui sem ela — admitiu em entrevista à Trivela.

No entanto, a dor da perda de um ente querido virou gás para Arias dar a volta por cima. Ele abdicou de suas férias, retornou aos treinamentos mais cedo do que seus companheiros e como resultado teve a sua melhor temporada da carreira.

Para chegar até aqui, desafios foram superados pelo colombiano, desde a saída de Quibdó, munícipio localizado no departamento de Choco, na Colombia, em um local cercado de violência, até a morte de sua avó.

Hoje, Arias é um dos principais jogadores do futebol brasileiro, é constantemente convocado para a Seleção Colombiana e se tornou peça fundamental no título da Libertadores conquistado pelo Fluminense, com dois gols e três assistências. É um jogador extremamente querido pela torcida, tanto que é constantemente apelidado de “colombiano mais amado do Brasil” pelo Fluminense nas redes sociais.

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Não sabemos o dia de amanhã. Talvez podemos estar vivendo os últimos momentos do colombiano com a camisa do Fluminense, já que ele tem seu nome constantemente ligado à clubes europeus. No entanto, o único recado é: aproveitem Jhon Arias. Vai demorar um bom tempo para vermos outro jogador que chegue perto de seu nível.

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