O futebol feminino é o assunto do ano, principalmente pela realização da Copa do Mundo, que acontecerá na Austrália e na Nova Zelândia entre os meses de julho e agosto. A prova disso aconteceu no jogo entre Inglaterra e Brasil, pelo título da Finalíssima, como conta o artigo da Betway. Mais de 83 mil pessoas lotaram o Wembley, e o jogo entrou para a história como o quinto maior público do futebol com mulheres. Um sinal também que o público europeu abraçou a modalidade, algo que ainda falta aqui no país.
Essa competição de jogo único reuniu a campeã da Eurocopa, a Inglaterra, e a campeã da Copa América, a Seleção Brasileira. Ou seja, um amistoso de luxo que acabou levando uma multidão para acompanhar a disputa. Infelizmente, as inglesas ficaram com o troféu, mas o Brasil vendeu cara a derrota. Empate por 1 a 1 e decisão nos pênaltis, com as nossas jogadoras quase surpreendendo as rivais. Porém, a noite não foi apenas sobre o resultado, mas também sobre o sucesso com o público.
O artigo publicado pela equipe da Betway, site de esporte bets, aponta esse público como sinal de que o público europeu abraçou o futebol feminino. Afinal, esse não foi o único nos últimos anos. Em março de 2022, no clássico entre Barcelona e Real Madrid, no Camp Nou, mais de 90 mil pessoas acompanharam a partida. Esse foi o maior público de todos os tempos com jogadoras em campo. Um número que dificilmente será batido.
Até mesmo a treinadora da Seleção Brasileira, Pia Sundhage, reconhece o sucesso do futebol feminino na Europa e justifica os motivos. Ela garante que o trabalho feito nas categorias de base, dando oportunidade para jovens se destacarem, permite que mais jogadoras brilhem em campo. O resultado disso são equipes melhores, e um público cada vez mais interessado.
Melhor momento
Os números mostram que Pia está correta, e o futebol feminino na Europa é o assunto do momento. No ano passado, durante a disputa da Eurocopa, foi possível acompanhar jogos com mais de 80 mil torcedores, como aconteceu na partida entre Brasil e Inglaterra recentemente. É um potencial que acaba beneficiando não só as atletas, mas também os clubes que investem na modalidade.
Aqui no Brasil, apenas o Corinthians faz um investimento alto, por isso tem seis atletas na Seleção Brasileira. Porém, isso é pouco para quem sonha com conquistas maiores. Na Copa do Mundo, por exemplo, os palpites de futebol não apontam a nossa equipe como uma das favoritas. Pelo contrário, seria uma surpresa a taça vir para o elenco que tem a capitã Marta como destaque novamente.
O próximo passo é ver o futebol feminino com médias de público cada vez maiores, e não apenas partidas pontuais. Isso é quase uma realidade na Liga dos Campeões, com jogos levando mais de 40 mil pessoas nos jogos das equipes principais. Ainda é um longo caminho para ganhar mais evidência, porém é algo que tem sido feito e os números comprovam com total respaldo.
Pia quer mais estrutura no futebol brasileiro
Treinando o Brasil desde 2019, Pia Sundhage enxerga os pontos que o futebol brasileiro precisa melhorar. “Nesse momento, não temos seleção sub-15. Nem sub-16. Então imaginem, meninas que vão assistir ao jogo e querem representar o Brasil. Se você tem 15 anos, pode fazer isso na Inglaterra, na Suécia. Mas não pode fazer isso no Brasil”, afirma a sueca, em coletiva divulgada no blog Betway Insider. Uma opinião de quem acompanha de perto a estrutura do futebol brasileiro.
A esperança é que o ano de Mundial sirva de inspiração para o futebol feminino também crescer em público. Os especialistas estarão atentos aos números de audiência da transmissão do torneio. É assim que se conquista espaço, para que mais clubes possam fazer a modalidade crescer por aqui.
O artigo da Betway mostra bem a evolução na Europa, e a caminhada por aqui está apenas começando. No entanto, é inegável que o potencial é grande, pois somos o país que respira esse esporte, seja com homens ou mulheres em campo. Falta conseguirmos a mesma popularidade que está acontecendo no outro lado do oceano.