Automobilismo

As cinco coisas que aprendemos com a pré-temporada da F1 em 2021

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Divulgação / Twitter Mercedes AMG F1
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Os três dias da pré-temporada da F1 no Bahrein totalizaram 24 horas de atividade em pista. As dez equipes puderam colocar seus novos carros à prova, verificando se conseguiram transformar as adequações ao regulamento em um equipamento competitivo. Aqui, listamos cinco lições que tiramos das atividades em Sakhir:

1 – Pré-temporada não é parâmetro confiável

De início, é importante afirmar: o tempo obtido na pré-temporada não reflete, necessariamente, o que se verá durante as 23 corridas. Cada equipe utiliza configurações diferentes em cada dia, bem como ajustes aerodinâmicos, quantidade de combustível, setups diferentes de motor. O objetivo de uma equipe não é o mesmo de outra. Definitivamente, ser o mais rápido não é o objetivo aqui.

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Especificamente em 2021, o tempo reduzido de testes deixou as equipes com um dilema: o que de fato era importante entender? Durabilidade das peças? Arrasto? Velocidade de reta? Quem extrair mais dos dados úteis sairá com a vantagem.

2 – A Mercedes teve problemas, sim

Com apenas três dias para testar, é muito difícil acreditar que a Mercedes, propositalmente, tenha andado mal para “fazer jogo de cena” e surpreender duas semanas depois. Ninguém quebra uma caixa de câmbio porque quer ou roda deliberadamente. O carro realmente tem problemas, principalmente de estabilidade.

É grave? Provavelmente não. Com os dados coletados deve ser possível corrigir o “cabelo na sopa”, nas palavras de Toto Wolff, chefe da equipe. Os alemãs de Brackley seguem favoritos.

3 – Alonso está de volta

O bicampeão Fernando Alonso voltou para casa e está muito à vontade. Ao todo, foram 206 voltas em sua Alpine (ex-Renault), o quinto piloto que mais andou. Embora os tempos não contem muito, o espanhol conseguiu ser o segundo mais rápido na manhã de sábado, um décimo acima do líder daquela sessão, Daniel Ricciardo, da McLaren.

As atividades fora da Fórmula 1 parece ter sido bem utilizadas, então a adaptação à categoria deve ser tão suave quanto o previsto:

4 – Williams: pior que está, não fica

Com a Haas anunciando que não vai desenvolver o carro durante o ano, 2021 tornou-se o momento ideal para a Williams sair do atoleiro. No entanto, a equipe, que está sob nova direção, começou mal a pré-temporada da F1: colocou o piloto reserva para utilizar um dia inteiro de testes e, só depois, os seus titulares Nicholas Latifi e George Russell.

A vantagem é que pior do que está, não fica. Contando com mais sorte do que juízo, seus pilotos ficaram à frente da equipe americana, embora o numero de voltas tenha sido ligeiramente menor (394 para a Haas e 373 para a Williams). É a chance de voltar a pontuar. Ou, pelo menos, não segurar a lanterna do mundial.

5 – Momento Red Bull

Se a Mercedes dominou nos últimos anos, a Red Bull tem em 2021 a melhor chance de oferecer algum real perigo para a heptacampeã de construtores. A pré-temporada foi perfeita, sem problemas mecânicos, bons tempos de volta e Sérgio Perez começando com o pé direito.

Nada disso é garantia de vitórias, mas com Lewis Hamilton e a Mercedes sentindo que tem algo diferente em Milton Keynes, podemos esperar alguma briga durante as 23 torcidas.

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