Vôlei

Atleta desenhista se reinventa entre Engenharia Civil e a Superliga

Camila Leite - São Caetano
Divulgação

Completamente realizada. É como se encontra a central Camila Leite, da Energis 8 São Caetano. A atleta de 34 anos, valoriza o acolhimento das companheiras e do treinador William Carvalho em sua segunda participação na Superliga feminina.

Desenhista nas horas vagas, ela conta que não só aprende, mas também ensina e é respeitada no time paulista. Em busca da segunda vitória no campeonato, a Energis 8 São Caetano encara o Barueri Volleyball Club nesta sexta-feira, às 19h, no ginásio Lauro Gomes, pela sétima rodada.

– Fui muito bem recebida por todos. Com o passar dos dias e a convivência, as relações de trabalho e amizade são fortalecidas o que faz com que o nosso ambiente de trabalho seja salubre. Algumas meninas eu já conhecia por terem sido adversárias. Aos poucos, o William foi expondo sua forma de trabalho. Toda essa troca de experiências com esse grupo está sendo grandiosa e quero aproveitar muito mais para aprender e evoluir com todos – comentou Camila, em entrevista à Pro Sports.

Fora das quadras, a jogadora também mostra realização. Ela concilia o vôlei com a sala de aula, o curso de Engenharia Civil e os desenhos, que são uma paixão. Em todos esses campos, assim como no esporte, a atleta sabe que a dedicação faz a diferença.

– Quando criança, eu gostava de desenhar os personagens da Disney. Nunca fui exímia desenhista, mas tinha apreço pela prática e busquei aprimoramento técnico. Atuei profissionalmente como desenhista projetista no setor da indústria naval, na área estrutural. Consegui a titulação de técnica em mecânica industrial e hoje me divido como atleta, projetista de instalações na construção civil, e aluna de Engenharia Civil – conta Camila, sempre em busca de inspirações para suas diversas funções.

– As horas vagas me levam de volta à infância, e os personagens da Disney ressurgem junto com alguns desenhos mais técnicos e ideias que vão surgindo.

Novas perspectivas nas quadras

A jogadora vê a passagem pelo São Caetano como uma oportunidade especial na carreira. Na temporada passada, ela defendeu o Unilife Maringá e foi um dos destaques do time paranaense. Colheu os frutos da dedicação.

– A preparação é algo que me motiva e eu só pensava em treinar, me preparar para ajudar minha equipe. Sei das minhas limitações e tento me manter o mais preparada possível. De repente, Deus me concede mais algumas temporadas ricas de experiências pela frente. Compor a equipe de São Caetano é realizador – conta a central. 

Líder de um grupo de jovens jogadoras, a central destaca que a alegria e o trabalho duro são as marcas do elenco. O time, que também tem Duda Lima, inicia uma sequência de jogos contra rivais diretos, na tentativa de beliscar uma das oito vagas nos playoffs. 

– Sabemos que a Superliga está no início e promete ser um tanto quanto disputada. Queremos nos manter na Superliga, mas isso não nos limita a buscarmos, a cada partida, uma melhor colocação. Continuamos a trabalhar arduamente para brigarmos por isso – analisa Camila. 

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