Na noite de quarta (07), o Atlético foi até o nordeste encarar o Fortaleza de Rogério Ceni. O treinador conseguiu bater de frente com Sampaoli e sair com a vitória, mesmo com um a menos. A derrota foi a primeira partida em que o Atlético não jogou bem e serviu para expor ainda mais as carências do elenco atleticano.
O Atlético vinha em uma crescente muito grande desde a chegada de Sampaoli e seus reforços. No Brasileirão, apesar de já ter perdido outras três vezes antes da partida contra o Fortaleza, o Galo se mostrava em crescente evolução, mesmo nas derrotas. Contra o Leão do Pici, o Galo fez sua primeira partida ruim no comando de Sampaoli. Com muitos desfalques e alterações, o argentino não conseguiu fazer o time render o desejado.
Sem os selecionáveis Junior Alonso, Savarino e Alan Franco, além do lesionado Nathan. O Galo perdeu quatro de suas principais peças. Alonso é quem dá a segurança defensiva e é o xerife da zaga. Nathan e Alan Franco são os jogadores de ligação, que fazem a bola chegar ao ataque e que pisam na área abrindo espaços como poucos. Já Savarino é válvula de escape, ao lado de Keno. Sem o venezuelano, o time do Atlético fica “capenga”, sendo assim, apenas Keno responsável por ser esse jogador diferenciado.
Sem esses quatros jogadores, ficou ainda mais evidente o porque de Sampaoli sempre exigi mais e mais reforços. Não há no elenco alguém como Junior Alonso, mesmo tendo três boas opções para a defesa, ninguém consegue passar a segurança dele. No meio, Hyoran não consegue embalar e coleciona atuações muito fracas (como contra o Fortaleza), a outra opção é o ainda jovem Dylan Borrero, que não teve muita chance de mostrar a que veio. Dessa forma, se o meia perde Franco ou Nathan, já é um desafio, perdendo os dois então, muito mais difícil. Na ponta, uma diferença enorme entre Keno e Savarino para os demais pontas do elenco, ou seja, se uma deles sai do time, o rendimento do ataque cai muito.
Em resumo, a derrota serviu para expor como o Atlético não tem o elenco necessário para ser campeão brasileiro. Vai brigar pelo título, mas com algumas dificuldades.
ESPECIFICIDADES DO JOGO
Além dos vários desfalques para a partida, o Atlético entrou em campo com mais mudanças do que o esperado. A linha de defesa teve apenas Réver considerado titular. Sampaoli trocou Guga, que vinha em uma crescente, por Mariano, que até deu assistência para o gol de Sasha, mas que claramente ainda não se readaptou ao futebol brasileiro. Na defesa, Bueno foi uma grande surpresa, já que era o menos cotado para substituir Alonso. Já na lateral-esquerda, Fábio Santos foi o escolhi, com Arana jogando de ala.
No meio, a entrada de Allan era esperada, mas Hyoran foi “surpresa”, já que nas duas últimas partidas, quem entrou para fazer a função de Nathan foi Dylan Borrero. Com essas alterações, o Atlético teve pouca efetividade no lado direito, o que sobrecarregou o lado esquerdo. Outra “surpresa” foi a entrada de Marquinhos, que não jogava há quatro jogos e entrou muito mal na partida.
Entender Sampaoli é difícil. Rodar o elenco, principalmente com jogos a cada três dias, é necessário. Mas algumas alterações do argentino não tem muita coerência ou justificativa.
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