Atlético-MG

CEO do Atlético-MG detalha plano do clube para utilização do recursos da venda do Diamond Mall

Bruno Muzzi. Atlético-MG
Foto: Bruno Souza / Atlético

O Atlético-MG vendeu o Diamond Mall, para a Multiplan, por R$ 340 milhões e, por meio do seu CEO, detalhou o plano do clube para a utilização do dinheiro. Primeiro objetivo é pagar as dívidas onerosas.

Bruno Muzzi, CEO do Atlético, detalhou o plano e que, todo o dinheiro arrecadado na venda dos 49,9% do Diamond Mall, será destinado ao pagamento de dívidas.

A primeira coisa que nós precisamos deixar claro é que esse dinheiro não é pra pagar empréstimos dos apoiadores (4R’s), não é para a Arena MRV. Esse dinheiro é 100% para reduzir o endividamento do Atlético.

Temos estudo pronto para todos os mapeamentos do endividamento, todos os contratos abertos do Atlético, (as dívidas) bancárias, agentes, clubes, dívidas trabalhistas. E fiz alguns cenários. Se for 100% aplicado pro problema bancário, o cenário é tal. Se for 100% para agente, é esse. Ou 50% para cada, 33% para cada. Temos o mapa do que acontecerá com o fluxo de caixa.

O diretor relatou problemas para 2023, caso não haja negociações e altere a dívida do clube.

A gente tem um problema em 2023, que a gente tem um fluxo de caixa com muita quitação ainda. Então, a gente precisa negociar muito bem com os bancos, para que se alongue os financiamentos existentes, obviamente priorizando aqueles que têm mais custos, e a gente mude o perfil da dívida. Isso para que a gente não caia na armadilha de pagar tudo agora, reduzir o endividamento e, no ano que vem – que precisa fazer captações para organizar – você não capte num custo mais alto, por não saber o que vai acontecer. Então, a gente tem que tomar bastante cuidado.

Muzzi destacou que o clube deve mesclar nos pagamentos, para bancos e agentes. Mas, relatou que os débitos com as instituições financeiras serão priorizadas.

Um outro ponto importante é que fala-se muito do corte, que com esses R$ 300 milhões, eu consigo pagar 400, 450. São cenários distintos. Bancos estão avalizados e você não vai falar pro banco: ‘Eu vou deixar de pagar, você entra na fila que nós vamos brigar’. Então, a chance de corte alto em endividamento bancário é nula. A gente vai negociar, vai chamar todos os bancos agora. (…) A ideia é mesclar banco e agente. Vamos negociar parcelamentos. Mas o foco principal é a dívida onerosa, que são os bancos.

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O Atlético-MG fechou o ano de 2021 com uma dívida bruta de R$ 1,47 bilhão. Deste montante, 38% são onerosos, no valor aproximado de R$ 558 milhões. Muzzi falou que a venda do Diamond Mall se tornou uma oportunidade para empresários, no qual o clube tem alguma dívida, possam negociar e receber o valor pedido.

O que mais incomoda são os clubes quando vão para a FIFA, porque o pagamento é imediato e tem sanções esportivas. Então, a gente precisa ir para a dívida bancária, que é o que dói bastante, e ir controlando os agentes. (…) Quanto mais a gente conseguir negociar com os agentes e o quanto antes, a chance deles receberem de uma vez…. Eu, se fosse os agentes, pegava na hora.

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