A gigante automobilística Audi, do grupo Volkswagen, anunciou que fará parte da Fórmula 1 em 2026 – ano de regulamento novo, sem dizer, porém, com qual equipe fará parceria. No entanto, sabe-se que há negociações adiantadas com a Sauber (atual Alpha Romeo), já há algumas semanas. No próximo regulamento, a categoria contará com um novo livro de regras de motores e com um teto orçamentário que atraíram a atenção de outras marcas do mercado automotivo para o esporte. A Porsche, também pertencente à Volkswagen, busca parcerias com a Red Bull para entrar na Fórmula 1.
O CEO da Fórmula 1, Stefano Domenicali, manifestou-se a respeito do feito:
“Fico muito contente em receber a Audi na F1, uma marca automotiva icônica, pioneira e de inovação tecnológica. Este é um momento importante para o nosso esporte, que destaca a força que temos como uma plataforma global que segue crescendo. Também é um grande reconhecimento de que nossa mudança para motores híbridos com combustível sustentável em 2026 é uma solução futura para o setor automotivo” – declarou.
Engana-se quem pensa que o caminho foi fácil para a Audi. A alemã se deparou com algumas rejeições das equipes do Paddock. Por primeiro, tentaram a McLaren, depois disso foram até a Red Bull, em seguida Williams e por fim Aston Martin. Não obteve sucesso com nenhuma delas. A Sauber, porém, topou negociar.
A Audi não é novata no automobilismo. Muito pelo contrário, pois é bastante comum ver carros da marca correndo pelas categorias de endurance – como nas 24h de Le Mans, ou ainda na DTM – categoria de carros de turismo alemã. Além disso, o atual CEO da Audi, Markus Duesmann, desenvolveu entre 2007 e 2009 o carro da Fórmula 1 desta mesma Sauber, quando tinha parceria com a BMW. Nessa época, Sebastian Vettel estreava no esporte pilotando pela equipe, até ser contratado pela Toro Rosso.
Os novos motores da Audi serão desenvolvidos em sua fábrica, a Audi Sport, em Neuburg na Der Donau, perto de Munique, na Alemanha. Os novos motores de 2026, assim como os atuais, serão alimentados pela força de um V6 híbrido. Só que para essa remodelação, haverá muito mais potência vinda da parte elétrica do motor, e com combustível 100% renovável no motor a combustão. Tudo isso faz parte da agenda ecológica da Fórmula 1, que foi implantada desde 2014.
